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Greve dos bancários causa transtornos à clientela em Natal

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Mesmo com o crescente uso de meios eletrônicos e até da internet para a realização de transações financeiras, diminuindo cada vez mais a ida ao caixa, a greve dos bancários, que completa 21 dias hoje, continua trazendo transtornos para a população. A pensionista Onleci Maria Gomes há mais de duas semanas tentava sacar o seu dinheiro na agência centro da Caixa Econômica Federal (CEF). “Já vim aqui três vezes e nada”, lamentava ela, com a esperança de que o seu caso fosse resolvido ontem à tarde, porque um gerente “havia subido com a sua documentação”.

Na porta eletrônica da agência da CEF, uma funcionária atendia os aposentados e pensionistas que necessitavam renovar as senhas do cartão da previdência social. Dona Onleci Gomes disse que tentou receber o benefício a primeira vez no dia 3 de outubro, mas não estava conseguindo porque estava sem o cartão do INSS, mas a ansiedade dela era maior porque se restabelece de uma angioplastia feita há 23 dias.

O aposentado Humberto Cabral também reclamava diante de um caixa de depósito eletrônico do Banco do Brasil, agência Ribeira, que mesmo não tendo chegado o horário de encerramento do expediente, às 15 horas, a tela do caixa avisava que a importância em dinheiro depositada, mesmo em espécie, só seria processada no primeiro dia útil seguinte. O dinheiro que deveria entrar na conta ontem, segundo ele, só vai dar entrada hoje: “Então vou pagar a fatura do cartão de crédito atrasada e com multa”.

Para Cabral, os bancários “tem o direito” de fazer suas reivindicações, mas acha que o prolongamento da greve termina trazendo mais prejuízo para os usuários e clientes de bancos. “O que não pode é prejudicar o direito dos outros, se não estão gostando, que entrem no PDV”, disse ele.

O motoboy Davi Henrique de Lima usa os serviços bancários diversas vezes, todo dia, e disse que mesmo antes da entrada em vigor do horário de verão, que leva as agências fecharem suas portas às 15 horas na região Nordeste (16 horas no sul-sudeste), muitos serviços dos caixas eletrônicas não estão á disposição dos clientes. “Na agência do BB da avenida Presidente Bandeira só recebe depósito até às 13 horas e na Prudente de Morais nem o dia todo”, reclamava ele.

Os bancos oficiais praticamente confirmam as reclamações da clientela, que se sente prejudicada com as três semanas de greve dos bancários. A assistente de Comunicação do Banco do Brasil, Carla Cristina Roque, informou que o atendimento da instituição “no geral está na média dos 50%”. segundo ela, não existe nenhuma agência, em Natal ou no interior, “com 100% dos funcionários trabalhando”.

A assessora de Comunicação da Caixa Econômica Federal (CEF), Ana Cláudia Albuquerque, diz que as suas agências estão funcionando de acordo com a quantidade de recursos humanos disponível, mas a instituição “está podendo fazer quase tudo” que é de interesse para a população. Para isso, ela diz que a CEF conta com uma rede de 120 casas lotéricas, além de 129 correspondentes bancários no comércio varejista, que vem atendendo bem a clientela.

As dificuldades maiores, admite ela, é com relação a outros tipos de serviços, como as carteiras imobiliária e de financiamentos, que dependem de diversos funcionários, desde engenheiros, analistas e escriturários, como também da própria presença do cliente para fazer alguma assinatura.

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