São Paulo (ABr) – Com a paralisação total dos 117 trens da Companhia do Metropolitano de São Paulo desde a zero hora de ontem, cerca de 2,8 milhões de usuários ficaram sem esse transporte na cidade de São Paulo, de acordo com a assessoria de imprensa do metrô.
Apesar de muitas linhas de ônibus terem se estendido até o centro da cidade, quem dependeu apenas desse tipo de condução enfrentou dificuldades no transporte, tendo de se espremer nos coletivos por causa do excesso de passageiros. Para minimizar o problema, a Secretaria Municipal de Transportes suspendeu o rodízio de veículos que, normalmente, tira de circulação cerca de 700 mil carros.
Em consequencia do aumento da frota nas ruas, o congestionamento atingiu o recorde do ano, com 188 quilômetros de extensão, às 9h, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). O tráfego baixou um pouco às 11h para 165 quilômetros, mas as dificuldades devem durar o dia todo, já que a greve é de 24 horas. O retorno à operação está previsto para às 4h40 de hoje.
Acatando a decisão tomada pele sindicato da categoria, os metroviários aderiram ao movimento como forma de protesto contra a transferência para a iniciativa privada da linha 4 (amarela). A linha ainda está em construção com o término previsto para daqui a dois anos e meio. Ela ligará a estação da Luz, no centro, à Vila Sônia, bairro da zona oeste.
Anteontem, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP), expediu um comunicado com a determinação, aos metroviários, que garantissem o funcionamento da totalidade da frota do metrô nos horários de pico, entre 6 horas e 9horas e das 16 horas às 19 horas. Em caso de descumprimento, haverá multa de R$ 100 mil.
O trânsito na capital paulista voltou a ficar acima da média ontem, dia em que o sindicato dos metroviários fizeram uma paralisação de 24 horas. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) registrou 120 km de lentidão às 19h. A média do horário é de 106 km. Pela manhã, às 9h, foi registrado 188 quilômetros de lentidão.
