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Greve geral agrava maior crise política do pós-guerra

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Beirute (AE-AP) – Simpatizantes da oposição e do governo pró-ocidental do Líbano entraram em choque ontem em diversos pontos de Beirute, agravando a maior crise política já vivida pelo país desde a guerra civil (1975 – 1990). Os conflitos começaram durante uma greve geral convocada por sindicatos trabalhistas ligados ao grupo xiita opositor Hezbollah. Algumas ruas e os acessos aos portos e aeroportos foram bloqueados com blocos de concreto, carros velhos e pneus. Houve explosões e troca de tiros e pelo menos 10 pessoas ficaram feridas.

Segundo uma fonte da oposição, os protestos continuariam até que o governo revogasse medidas tomadas nos últimos dias para prejudicar o Hezbollah. Na terça-feira, o primeiro-ministro Fuad Siniora ordenou o fechamento de uma rede de telecomunicações usada pelo grupo para objetivos militares. O Hezbollah alega que a rede faz parte de seu aparato de segurança e teve um papel crucial na guerra contra Israel, em 2006. Já o governo diz que é um “ataque à soberania do Estado libanês.”

Em outra medida polêmica, o chefe de segurança do aeroporto de Beirute foi demitido recentemente, acusado de permitir que o grupo xiita instalasse câmeras no local. Apoiado pelo Irã e pela Síria, o Hezbollah está à frente de uma campanha para desestabilizar o governo anti-Síria de Siniora há 17 meses. Ontem, homens armados tomaram a sede da coalizão Futuro, liderada por Saad Hariri, um dos mais destacados políticos sunitas do país e um aliado de Siniora.

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