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Greve geral de italianos protesta contra efeitos da crise

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Roma (AE) – Debaixo de forte chuva, milhares de trabalhadores, estudantes, aposentados e desempregados realizaram passeatas por toda a Itália ontem para protestar contra a forma como o governo tem lidado com a crise econômica. A greve de um dia, organizada pela Confederação Geral Italiana (CGIL) – a principal federação sindical da Itália -, resultou na interrupção os serviços em hospitais e escolas, fechou bancos e agências de correio, enquanto os manifestantes prejudicavam o trânsito em Roma, Milão e outras cidades.

Com a Europa caindo em recessão, a fúria a respeito dos problemas econômicos tem resultado em protestos e manifestações em todo o continente. A greve desta sexta-feira foi convocada atrás pela CGIL com o objetivo de pressionar o governo conservador do primeiro-ministro Silvio Berlusconi.

Em Roma, os manifestantes empunharam bandeiras e levantaram faixas nas quais lia-se “unidos contra as demissões” e “mais empregos, mais salários, mais aposentadorias, mais direitos”.

O governo disse que a greve, organizada pela união de esquerda, teve motivações políticas e que pode prejudicar a economia, que já registrou contrações nos últimos dois trimestres. O governo Berlusconi já aprovou um pacote que inclui ajuda para famílias em necessidade, projetos de empregos temporários e ajuda para mutuários, mas os sindicatos querem aumento do valor dos salários e das aposentadorias, além da diminuição de impostos para os trabalhadores. “O que foi feito até agora é insuficiente”, disse Elvira Di Cicio, representante da CGIL. Muitos dos que participaram da passeata em Roma são trabalhadores que estão perdendo seus empregos em razão da desaceleração da economia mundial. “Há milhares de pessoas com eu na Itália”, disse Paolo Ognibene, que trabalhava no armazém de um centro de compras que está sendo fechado, nas proximidades de Roma. “Eu tenho mulher e uma filha de 18 meses e não vejo nenhum futuro”.

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