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Grupo Amilpar compra a Promater

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Ricardo Araújo
Repórter

Após uma negociação que se prolongou por aproximadamente quatro anos, o Grupo Amilpar, administrador do plano de saúde Amil, comprou o Hospital  Maternidade Promater, localizado na zona Sul de Natal. O fechamento do acordo de compra e venda foi confirmado pelo diretor médico-administrativo da unidade hospitalar, Guilherme Maia, um dos fundadores e sócios da Promater. O valor do negócio, porém, é mantido em sigilo e a passagem da direção geral do empreendimento para os novos donos deverá ocorrer em três meses. Procurada para detalhar valores e cláusulas contratuais, a Amil optou por não comentar o que caracterizou como “especulação de mercado”.
Inaugurada em 1997 para atuar no atendimento materno, Promater atua hoje em outras áreas
“Está tudo em andamento. Há um processo burocrático que demanda tempo e, no momento oportuno, detalharemos à imprensa. O negócio está fechado”, assegurou Guilherme Maia.     Em nota encaminhada pelo Departamento de Relações com a Imprensa da Amil à TRIBUNA DO NORTE, a empresa de assistência médica limitou-se a dizer que “não comenta rumores ou especulações do mercado”. O diretor Guilherme Maia frisou que informações relativas a valores de venda do empreendimento, equipamentos e mobiliário, deverão permanecer sob sigilo.  

 Mudanças relativas a nome, perfil de atendimento do hospital geral e maternidade, além manutenção do quadro funcional que conta com cerca de 550 profissionais, permanecem uma incógnita. Assim como ainda não foi sinalizado o que será feito com os consultórios médicos e laboratórios instalados no prédio da Rua São José. Uma fonte da TRIBUNA DO NORTE  confirmou, contudo, que alguns funcionários do departamento administrativo da empresa foram demitidos no início da semana, o que pode configurar o início das adequações administrativas pelo novo gestor.

Além da Amil, a Promater recebeu propostas, ainda em 2011, de outro conglomerado de serviços médicos que ampliou, nos últimos anos, sua área de atuação para negócios alheios aos médicos-hospitalares. Os valores discutidos jamais foram revelados pelas partes.

Para o presidente da Associação dos Hospitais do Rio Grande do Norte,  Elson Miranda Medeiros, nada vai mudar com a venda da Promater para a Amil. E caso ocorram mudanças, serão para melhor. “O padrão de atendimento, o perfil do hospital geral e maternidade deverá permanecer e o serviço, melhorar”, avaliou. Ele destacou, ainda, que as negociações de compra e venda de empreendimentos prestadores de serviços na área da saúde são comuns e atingem, em sua maioria, os laboratórios de análises clínicas. Elson Miranda de Medeiros apontou como dúvida, contudo, se a Amil irá optar por fechar o atendimento para associados ao plano ou manter aberto para todas as operadores privadas de planos de saúde.

 De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a Amil é hoje o maior plano de saúde  privado Brasil. São aproximadamente 6,4 milhões de clientes em carteira, entre os da assistência médica e odontológico.  É aceito em mais de 2.100 hospitais e credenciado a outros 27 mil consultórios e clínicas. Cerca de 264 mil empresas são clientes da Amil atualmente.

 A Promater, concebida por um grupo de médicos que se uniram em sociedade para atuar especificamente no atendimento materno, foi inaugurada em janeiro de 1997. Os médicos Araken Pinto, Guilherme Maia, Ivis Bezerra, Maciel Matias, Ney Fonseca, Sônia Mesquita, Tarcísio Maia e Tomás Guimarães dividiam a participação societária à época. Com o passar do tempo, a Promater expandiu a área de atuação para especialidades diversas e se transformou num hospital geral.

Vendas milionárias
Em aproximadamente 45 dias, além da Promater, outra grande empresa potiguar foi vendida a um conglomerado empresarial com atuação fora do estado potiguar. A Cabo Telecom teve a venda autorizada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em 22 de dezembro passado, através de uma anuência prévia. A aquisição da maior empresa de telecomunicações do Rio Grande do Norte, a Cabo Telecom Ltda., foi feira pelo fundo de investimentos norte-americano Acom, representado pela Alaof Brasil Mídia Holdings 1 S.A.. O valor acionário da Cabo Telecom foi integralmente vendido numa negociação que superou os R$ 200 milhões, segundo uma fonte da TRIBUNA DO NORTE ligada ao processo. A Cabo Telecom passará a ser dirigida pelos novos donos a partir do próximo dia 28 de fevereiro. A aquisição da empresa genuinamente potiguar ocorreu após dois anos de reuniões e avaliações de viabilidade econômica quase secretas. 

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