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Grupo vai produzir ‘torres eólicas’

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Andrielle Mendes – Repórter

Empresas que atuam no setor de petróleo e gás e prestam serviços para a Petrobras no Rio Grande do Norte vão apostar a partir de agora na cadeia da energia eólica. O desaquecimento da produção petrolífera e a desaceleração dos investimentos da estatal no estado são apontados como as principais razões para a expansão da atuação dos negócios. De início, seis empresas que atuavam na área de construção, montagem, manutenção e transporte de sondas e outros equipamentos, se juntarão, e formarão uma Sociedade de Propósito Específico, a SPE Torres Eólicas, para produzir torres para parques eólicos. Os nomes das empresas não foram revelados.
A desaceleração no setor de petróleo e gás teria sido a principal motivação para empresários buscarem alternativas de negócios
#SAIBAMAIS#A ideia, explica Segundo de Paula, subsecretário de Trabalho, Turismo, Indústria e Comércio de Mossoró, surgiu no âmbito da Prefeitura após uma série de reuniões com os empresários durante o primeiro trimestre deste ano. Na época, o setor reclamava da retração nos investimentos da Petrobras e atravessava uma onda de demissões.  André Henrique, integrante do Comitê Gestor da Redepetro – que reúne empresas que atuam na cadeia de petróleo e gás no estado – e é um dos responsáveis pela constituição da SPE, explica que o projeto se encontra em fase embrionária.

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Os empresários, segundo ele, estão calculando quanto gastariam para construir uma primeira torre para a GE, gigante do setor de energia que poderá se tornar o primeiro cliente da SPE. Há pelo menos mais duas multinacionais interessadas no projeto, garantiu Segundo de Paula, subsecretário em Mossoró.

O orçamento da primeira torre, segundo André Henrique, será submetido à GE em até 40 dias, para só então o grupo de empresários começar a construir a primeira torre. “É necessário garantir a demanda. Essa será uma fábrica que funcionará movida pelos pedidos”, justifica Segundo de Paula, subsecretário de Trabalho, Turismo, Indústria e Comércio de Mossoró.

O grupo de empresários, segundo Henrique, poderá levar, em média, entre oito e doze meses, para construir a fábrica e atender os primeiros pedidos de torres. “Antes de partir para o projeto da fábrica, é preciso que a GE aprove o orçamento e certifique a primeira torre construída pela SPE. O projeto da fábrica já está todo ‘alinhavado’”, esclarece André. O integrante da Redepetro, afirma, porém, que o projeto não será descartado, caso a GE recue. “O que importa é aprender a fazer”, diz. A GE, explica Segundo de Paula, tem assessorado os empresários e supervisionado todo o processo.

De acordo com Segundo de Paula, a fábrica de torres metálicas, que exigirá um aporte de R$ 25 milhões a R$ 30 milhões e será construída num terreno ainda não definido pela Prefeitura de Mossoró, conforme explicou a Redepetro, produzirá 200 torres por ano, inicialmente. O número de trabalhadores será praticamente o mesmo que hoje está empregado nas seis empresas.

André Henrique destaca que as seis empresas que decidiram apostar na cadeia eólica poderão atuar ainda em outros segmentos, no médio e longo prazo, como na área de telecomunicações, e explica que a ideia é criar uma alternativa para as empresas que hoje prestam serviço à Petrobras. “Não é uma questão de o novo setor ser mais promissor ou não. É uma questão de alternativa, de não colocar todos os ovos numa mesma cesta”. As empresas pretendem continuar atuando também no setor de petróleo e gás.

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