Os guardas municipais que ocupavam o Palácio Felipe Camarão, sede da Prefeitura de Natal, desde quarta-feira (20) deixaram o local no início da noite de ontem (22), após ser divulgada determinação judicial expedida pelo juiz Cícero Martins de Macedo Filho, da 4ª Vara da Fazenda Pública de Natal. A assessoria jurídica do Sindicato dos Guardas Municipais do Estado do Rio Grande do Norte (Sindguardas/RN) protocolou recurso contra a decisão. Na próxima segunda-feira (25), a categoria deve reunir-se com representantes da Secretaria Municipal de Administração e uma comissão de vereadores para tentar deliberar as negociações do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR). 
De acordo com a presidente do Sindguardas/RN, Margareth Vieira, a categoria vai permanecer com o movimento paredista, “seguindo os princípios da legalidade, com 30% do efetivo em serviço”. Ainda de acordo com ela, o PCCR é a principal reivindicação da categoria. “Há dois anos estamos lutando por isso. Temos uma lista extensa de pleitos, mas, o plano de carreira é prioridade. Hoje, existem mais de 400 guardas municipais e pelo menos uns 200 estariam em condições de serem promovidos. O prefeito tem que nos dizer quando será encaminhado para a Câmara Municipal e nos dar um calendário de prazos”, declarou Vieira.
Na decisão expedida pela Justiça, o magistrado considerou a possibilidade de greve, mas, alegou que as manifestações estavam implicando em prejuízos para o pleno funcionamento da Prefeitura. “É preciso sopesar a garantia de direitos constitucionais, evitando que outros direitos, como o de locomoção de servidores e demais cidadãos não sejam violados, como no presente caso concreto, diante do impedimento da entrada e saída de pessoas na localidade, além do natural prejuízo da realização das atividades administrativas no órgão”, assinou o juiz Cícero Martins de Macedo Filho.
