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Guardiola

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Rubens Lemos Filho
Guardiola comanda o City que corre o risco de ser excluído
Guardiola
A idolatria a Pep Guardiola é minha gratidão por um homem que fez da arte, seu idealismo no futebol. Guardiola amava a seleção brasileira de 1982, de Zico, Sócrates e Falcão e nela inspirou o Barcelona, exibindo ao mundo um jogo deslumbrante a olhos cansados de tanta correria e chutão.
O futebol cultural, fascinante, resiste em Guardiola. Militante do sonho do ataque sempre e da beleza acadêmica dos toques de primeira no meio-campo. Seu Barcelona apaixonava com Iniesta, Xavi e Messi, o Pleonasmo, costurando adversários no ritmo de uma trituradora suave.
Tocar de primeira. Jogar de primeira. Amar, de primeira,  o deslizar sinfônico da bola. Ocupar espaços sempre buscando o gol. Guardiola é um brasileiro honorário das antigas. Todos os nossos técnicos são paupérrimos, medrosos, petulantes. Guardiola exibia a graça que a prostituição do esporte no Brasil transformou em carranca.
Nada é mais belo que um corte habilidoso. Um drible seco e descadeirante. Um passe de régua. Um gol trabalhado na poesia dos sobrenaturais de chuteiras. Inspirados por um amante da pureza de um jogo que perdeu, por aqui, a sensação de orgasmo de um lance fatal, de repente, apaixonante.
Hoje é domingo, dia de retrancas, esquemas e computadores. Prefiro Guardiola, na simplicidade cativante da posse da bola como instrumento de fazer de bobo o adversário. Dar olé, botar na roda, caprichar na batida de chapa, não é humilhação como dizem os idiotas do pragmatismo. É inspiração.
“Como pode um time entrar em campo pensando em não vencer?”, perguntou Guardiola após enfiar 5×0 no Real Madrid. Uma frase de indignação cívica, de um profissional capaz de fazer de um clássico, brincadeira de criança. Guardiola é o único autor intelectual brasileiro do futebol mundial. O último idealista.
Seleção
Gabigol não entrou na seleção. Mas Neymar voltou. O mais antipático ser humano a vestir um uniforme desde Charles Miller, o inglês que trouxe o futebol ao Brasil. Neymar é um chato, sua expressão azeda causa engulhos. Seus dribles improdutivos, nunca serão os de Garrincha. Nem mesmo de Robinho, sua inspiração. Robinho era um bobo. Um ególatra. Sem o caráter anfíbio de Neymar.
O caso Salton
O ABC que pariu o “executivo” Giscard Salton, que cuide. O homem, de esforço titânico no fracasso do clube este ano, quer ser pago. Algo acima de R$ 400 mil. E se combinaram, cumpram. Só existe o sabido porque tem também o otário.

ABC mãe

O ABC hoje tem 138 funcionários. Chegou a ter 35 em 2010. É uma mãe. Sofrida e explorada. Uma boquinha bem interessante.
A bomba esquecida
A bomba que soltaram destruindo o portão de vidro do América parece aqueles finais incompletos de história mal contada: entrou pela perna de um pinto, saiu pela de um pato, quem quiser conte mais quatro. Bem ali, vizinho ao Comando da PM. Pela ousadia dos marginais e a dormência  com que o assunto vem sendo tratado, não duvido que tentem desmoralizar o próprio Quartel. Aí seremos notícia negativa nacional, um costume dos últimos cinco anos.
Carlão
No dia 6 de abril de 1988, quando pisei à redação da Tribuna do Norte, aos 17 anos, Carlos de Souza era copidesque, ou seja, o cirurgião dos textos do jornal. Figura doce, anárquica. Ficamos amigos. Fomos editores na Tribuna e na TV Cabugi(hoje InterTV).
Revolta
Carlão morre de câncer. E a notícia me abate. Escrevo numa tristeza imensa. No dia em que me conformar com a morte, serei um crápula, não um homem. Daí, extravasar meus sentimentos, até aqueles utópicos. Morte escolhe de preferência os bons. Carlão não merecia um câncer. Nunca fez mal a ninguém. Saudade de Carlão.
S.A.
Há uma forte tendência de mudança, com os clubes hoje falidos sendo transformados em Sociedades Anônimas. É assim no Ceará, o Sport vai partir para o modelo e o Vitória, também.

ABC de verdade

Hoje faz 43 anos da decisão ABC 0x0 América, que valeu o Campeonato estadual de 1976 ao alvinegro, impedindo o tricampeonato do América. O paulista Dulcídio Wanderley Boschilla apitou. Público pagante de 31.310 pessoas no assassinado Castelão(Machadão).

Times gloriosos

O ABC jogou com Hélio Show; Fidélis(Orlando), Pradera, Vágner e Vuca; Draílton, Joel Maneca e Danilo Menezes; Noé Silva, Zé Carlos Olímpico(Reinaldo) e Noé Macunaíma. Técnico: João Avelino, o “71”. América: Otávio; Olímpio, Joel Santana, Odélio e Cosme; Juca Show, Alberi e Hélcio Jacaré(Garcia); Ronaldinho, Pedrada(Santa Cruz) e Ivanildo. Técnico: Sebastião Leônidas, melhor zagueiro da história do Botafogo(RJ).
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