quinta-feira, 28 de março, 2024
33.1 C
Natal
quinta-feira, 28 de março, 2024

Guias de turismo protestam contra profissionais piratas

- Publicidade -

PROTESTO - Guias de turismo promoveram um “apitaço” pela manhã na Duque de CaxiasUm grupo formado por 32 guias de turismo de Natal promoveu por volta das 10h30 de ontem um apitaço na avenida Duque de Caxias, na Ribeira. O trânsito não chegou a ser interrompido por muito tempo. O protesto foi motivado pela quantidade de guias clandestinos que atuam junto às agências de viagem como se fossem profissionais especializados na área. De acordo com a presidente do sindicato da categoria, Iacy Vasconcelos, os “piratas” – como são chamados –  representam 20% do número de guias que possuem curso técnico. Hoje, existem cerca de 700 guias de turismo trabalhando legalmente no Rio Grande do Norte.

Em Natal, apenas o Senac e o Cefet oferecem o curso.  “Viemos aqui, no Dia Nacional do Guia de Turismo, cobrar mais respeito das empresas de viagens, do trade e do poder público porque nossa profissão é regulamentada por uma lei federal e municipal. Existem casos em que os piratas se dizem guias e assaltam o turista. A comunidade precisa saber o que está acontecendo. Os piratas estão tirando emprego de guias cadastrados quando cobram a metade ou até menos da metade do valor da diária normal de um profissional legalizado”, disse.

Pela tabela do Ministério do Turismo, a diária de um guia profissional varia entre R$ 100 (para os que atuam em Natal) e R$ 120 (no caso de viagens para fora da cidade).

Os guias chamam a atenção da população para que exijam sempre do profissional a apresentação da carteira funcional com o carimbo do Ministério do Turismo. Isso porque a categoria denuncia que a maioria das empresas usa como único critério para contratar os “piratas” o fato de a pessoa saber falar uma língua estrangeira.

Pelos cálculos do sindicato, devem existir em Natal pelo menos 60 empresas cadastradas junto à Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav).

“Aparece um bando de filhinho de papai que tem o privilégio de morar fora do país e é contratado apenas porque sabe falar inglês. Isso tem que acabar. Nosso combate é contra o pé-de-lã. Essa é uma luta nacional”, disse o diretor de cadastramento do sindicato, Alberon Soares, que admitiu a existência de um Plano de Fiscalização Integrada de combate aos piratas com participação e apoio das polícias militar, federal e rodoviária estadual.

“As coisas já foram muito piores. Esse plano deu uma ajuda, embora não tenha resolvido o problema. Pela lei 8623/93, que regulamenta a nossa profissão, os piratas podem até ser presos.

- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas