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‘Há mais dados a serem revelados’, dizem peritos sobre sistemas da Odebrecht

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O presidente da Associação Nacional dos Peritos
Criminais Federais, Marcos Camargo, afirmou, por meio de nota, nesta
sexta-feira, 23, que a perícia da PF realizada sobre os sistemas do
departamento de propinas da Odebrecht “reflete recuperação parcial da
base de dados” da empreiteira, “permitindo saber que ainda há muito mais
dados a serem revelados”.

“Este parece ser um primeiro laudo de uma espécie de “caixa de pandora”
que, por muito tempo, não ficou acessível à perícia criminal. Isso
atrasou as descobertas, uma vez que há cerca de um ano o obrigatório
encaminhamento à perícia oficial não vinha sendo feito”, diz.

A Polícia Federal entregou às 14h46 desta sexta-feira, 23, a perícia
sobre os sistemas de propina da Odebrecht. A análise havia sido
determinada pelo juiz federal Sérgio Moro em ação penal sobre supostas
propinas da empreiteira para o ex-presidente Lula.

Foram verificados 11 discos rígidos e dois pendrives. Ao juiz Moro, a PF
afirmou que “foram identificados 842 arquivos, de um total de 1.912.667
arquivos, correspondendo a 0,043%, que apresentam não conformidades”. A
perícia achou 607 divergências nos discos 1 e 4, um total de 230 nos
discos 5 a 9 e outras cinco nos discos 10, 11 e no pendrive 01.

Para o presidente da Associação, graças ao trabalho dos peritos da PF,
foi possível “identificar que a empresa destruiu provas após a prisão de
Marcelo Odebrecht, em 2015, e que também omitiu algumas evidências”.

“Mais do que prova pericial, o laudo entregue hoje amplia a construção
do conhecimento científico forense e abre perspectivas inéditas para a
afirmação da Justiça brasileira sobre bases sólidas e proficientes.”,
afirma Marcos Camargo.

Estadão Conteúdo

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