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‘Há malfeito em todo lugar’

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Ministro dos Transportes pela terceira vez, o potiguar Alfredo Nascimento veio ao Rio Grande do  Norte, ontem à tarde, assinar acordos com a governadora Rosalba Ciarlini para a realização de obras nas rodovias federais, e também falou sobre as denúncias de superfaturamento na duplicação da BR-101, envolvendo pessoas ligadas ao seu partido e à antiga direção do Dnit no Estado. As suspeitas são investigadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público numa operação que ficou conhecida como Via Ápia. O deputado João Maia (PR) — tio de Gledson Maia, um dos ex-diretores do Dnit apontados como suspeito de integrar o esquema de corrupção — acompanhou o ministro na visita às obras de recuperação do trecho da BR 101 destruído pelas chuvas. Segue a entrevista com Alfredo Nascimento.

A vinda do senhor ao Estado também é para fiscalizar essa questão de denúncias de superfaturamento em obras do Dnit no RN?

Não sou fiscal. Eu sou ministro de Estado. Não era ministro quando isso ocorreu. Não vou  permitir que ocorra esse tipo de problema. Se ocorrer, o responsável sera demitido. As falhas e malfeitos existem em todos os lugares.

Mesmo com essa investigação, o  consórcio de empresas continua executando as obras da BR-101?

Os recursos são do Ministério dos Transportes e as empresas contratadas estão executando a obra, que no contrato tem prazo de conclusão previsto para agosto de 2011. Tanto na parte do Exército que são de 12 km de vias laterais, quanto na parte do consórcio,  as obras estão sob controle. E tem também o trecho que vai até Touros, que é uma restauração. Quanto ao rompimento da BR-101 isso foi uma fatalidade e nós viemos aqui  atendendo pedido da governadora com ação imediata para ter uma solução definitiva. Se as obras não estão no ritmo que se deseja, o consórcio está trabalhando, porque a ação não é contra ele, que participou da licitação com o menor preço e está realizando a obra.

Qual a posição do  Partido da República em relação a essa investigação no Dnit do RN?

As pessoas não têm nada a ver com a vinculação que elas tenham. O PR é responsável pelo Ministério dos Transportes e eu sou ministro e presidente nacional do partido. Agora quando se pratica o malfeito, se pratica em qualquer atividade profissional. Se o jornalista praticar um mal feito, você se responsabiliza pelo malfeito que ele fez, sendo jornalista? Claro que não. Não podemos prejulgar e culpar todos os componentes do  PR, se um componente do PR pratica malfeito. Assim a gente estaria generalizando. Isso acontece… Tem gente boa e gente ruim em tudo o que é lugar. Mas , independentemente de ser do partido, se fez errado, sai.

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