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Haddad agradece a Lula e faz aceno a Marina e Ciro

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O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, adotou neste domingo,
7, um discurso de união nacional e disse que pretende ampliar a aliança
em torno de seu nome para “além dos partidos” na segunda etapa da
disputa contra Jair Bolsonaro (PSL). Haddad fará mudanças em seu
programa de governo, para atrair apoios, e também em sua equipe. A nova
linha da campanha traz o slogan “Juntos pelo Brasil do diálogo e do
respeito” e diz que a esperança vencerá o ódio.

Fernando Haddad
Haddad falou em alianças no segundo turno

“Queremos unir os democratas do Brasil, os que têm atenção aos mais
pobres. Queremos um projeto amplo para o Brasil, mas que busque justiça
social”, declarou. Em seu discurso, agradeceu a família, o PT e o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Após ser confirmada sua passagem para o segundo turno, o petista recebeu
telefonemas de Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede) e Guilherme Boulos
(PSOL). O petista agradeceu a família, ao PT e ao ex-presidente Lula
logo no início do discurso. O Estado apurou que Ciro deu sinais de que
se unirá a Haddad.

Antes do resultado, o petista já havia pregado a conciliação. “O momento
agora exige que nós estendamos a mão para os brasileiros e brasileiras
que, independentemente de partidos, queiram contribuir com a
reconstrução democrática do País”, afirmou Haddad, após votar em uma
escola de Moema, bairro de classe média na zona sul. “Vamos procurar
personalidades, pessoas que tenham uma biografia de serviços prestados
para ampliar e para governar com unidade, pela reconstrução democrática
do País.”

Haddad disse esperar um segundo turno “mais civilizado” e fez acenos a
Ciro, Marina Silva (Rede) e Henrique Meirelles (MDB), seus
ex-companheiros de Esplanada no governo do então presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, hoje preso da Lava Jato. “Eu tenho o maior respeito pelos
que concorreram no primeiro turno, sobretudo aqueles com quem eu
trabalhei. Trabalhei com Marina, com Ciro, com o Meirelles no governo
Lula. Tenho o maior respeito e admiração pelo trabalho que eles
realizaram”, afirmou.

Moradores dos prédios vizinhos à escola fizeram um panelaço e gritaram o
nome de Bolsonaro na chegada do candidato petista. Militantes do PT que
foram ao local de votação com bandeiras e camisetas responderam com o
grito de guerra: “Bate panela, pode bater; quem tira o povo da miséria é
o PT”.

Acompanhado da mulher, Ana Estela, Haddad procurou minimizar o protesto.
“Em dia de eleição é normal esse tipo de manifestação. Desde que seja
pacífica, não tem problema nenhum”, disse ele.

Haddad bateu na tecla de que, no segundo turno, Bolsonaro terá de se
expor. “Ele tem muita dificuldade de debater. Não tem equipe, não tem
projeto. É um político profissional, tem 28 anos de estrada e pouco
serviço ao País e vai poder se apresentar agora com um pouco mais de
clareza”.

As mudanças no programa de governo têm o objetivo de conter polêmicas
que estão sendo exploradas pela campanha de Bolsonaro. Em conversas
reservadas, Haddad já disse, por exemplo, que não concorda com a
convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte, antiga bandeira do
PT incluída em sua plataforma.

O assunto só foi incluído no programa por insistência do partido e de
Lula. Aos interlocutores mais próximos, no entanto, o candidato do PT
afirmou que, na sua avaliação, convocar uma Constituinte, neste momento,
seria o mesmo que entregar a preparação da nova Carta às bancadas da
bala, dos ruralistas e dos evangélicos. As informações são do jornal O
Estado de S. Paulo.


Estadão Conteúdo

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