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Hemonorte faz apelo para ampliar estoque de sangue

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Cláudio Oliveira
Repórter
Durante esta semana, na qual se comemora o Dia Nacional do Doador de Sangue (25 de novembro), o Hemocentro do Rio Grande do Norte Dalton Cunha (Hemonorte) intensifica a campanha para sensibilizar novos doadores. A pandemia do novo coronavírus reduziu drasticamente os estoques que estão, atualmente, em torno de 50% necessitando que mais voluntários procurem o centro para doar sangue.
Andriel Marley, de 21 anos, fez a doação pela segunda vez e garantiu que doará com frequência
#SAIBAMAIS#Foi o que fez o empresário e chefe de cozinha Jeremias Agostinho, 34 anos. Ele doa sangue desde 2005, mas há algum tempo havia parado. “Todas as vezes fiz voluntariamente, mas parei por um tempo. Agora, senti a necessidade de retornar e pretendo voltar a ser um doador regular”, disse. Além disso, ele também incentiva familiares e amigos a adotarem a mesma iniciativa que pode ajudar o Hemocentro a cumprir seu papel. O tipo de sangue de Jeremias é um dos que mais falta: O+ (O positivo). Além desse, o A- (A negativo) é outra tipagem que aparece na lista dos doadores raros.
Para ilustrar o cenário atual, a diretora do Departamento de Apoio Técnico do Hemonorte, Mirian Mafra, relatou que, para um período de 15 dias, no qual precisaria de 800 a mil bolsas, só seria possível contar com cerca de 500. “Mas é muito variável. Na medida em que aparecem doadores, esse quadro muda e, entrando mais bolsas, essa falta pode ser suprida”, pontuou a diretora.
A situação ficou crítica durante a pandemia da covid-19. Em junho passado, o Centro chegou a ter pouco mais de 200 bolsas, quando precisa ter mil prontas para uso diariamente e assim atender a demanda de transfusões. “A quantidade de bolsas que entra depende da quantidade de doadores. De uma média de 120 pessoas que se inscrevem por dia, quando passam pelo processo de avaliação, nem sempre todas poderão doar. Já a quantidade de bolsas que sai é relativa e depende da necessidade dos hospitais. Porém, dentro do que se tem em estoque, de uma forma ou de outra, a gente sempre encaminha, mesmo que algumas vezes não seja a quantidade solicitada”, disse Mirian Mafra.
Ela ressaltou que a redução nos estoques ocorreu nos Hemocentros de todo o país, devido o processo de isolamento social. “Outro fator foi a redução das cirurgias e as pessoas que doam, em sua maioria, são doadores de reposição, que o fazem devido à necessidade de transfusão para um amigo ou familiar”, frisou.
Essa necessidade levou a vendedora Ana Cláudia dos Santos, 28 anos, ao Hemonorte pela primeira vez. “É que meu sobrinho precisará de dois doadores e minha irmã pediu que eu fosse um desses. Vai ser minha primeira experiência e vou avaliar se continuo doando”, declarou. Ela disse ainda que tinha um pouco de receio e, por isso, nunca se interessou em buscar informações sobre o assunto até surgir a necessidade na família.
A mesma motivação levou o jovem Andriel Marley, 21 anos, a doar sangue pela segunda vez. A primeira ocorreu quando ele ainda cumpria o serviço militar obrigatório nas Forças Armadas. “O pastor de minha igreja está precisando e eu decidi voltar a doar. Sempre tive vontade e comecei como voluntário quando estava no Exército. Fico feliz em estar aqui novamente e poder fazer esse ato em prol de alguém que precisa. Agora quero continuar doando frequentemente”, declarou.
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