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Hemonorte garante envio de bolsas de sangue a hospitais

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Pedro Andrade
repórter

Após uma semana sem reagente para detecção da Doença de Chagas, o Hemonorte garante normalizar a partir de hoje (8) a distribuição de bolsas de sangue a hospitais públicos. A semana sem o material prejudicou a realização de cirurgias eletivas (cujas datas são marcadas e de menor urgência) na capital e região metropolitana. De acordo com a direção do Hemocentro Natal, a reposição dos reagentes já foi feita e é suficiente para cobrir a demanda deste mês.
Reposição dos reagentes é suficiente para a demanda deste mês
Mesmo com o não recebimento do reagente pelo Hemonorte, o diretor geral Rodrigo Villar afirma que foi solicitado no sábado passado (3) ao Hemocentro de Recife uma quantidade emergencial de sangue para que a situação não piorasse em Natal. “De Recife vieram 50 bolsas de sangue e 200 kits que serviram para liberação de outras 200 bolsas de sangue, totalizando 250 bolsas”, conta Rodrigo Villar, acrescentando que, no mesmo fim de semana, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) sanou o impasse sobre o fornecimento do reagente. “Essa empresa mandou mil kits para testes de sorologia e amanhã [hoje] chegará mais mil, o suficiente para cobrir a demanda até o fim de dezembro”, disse ele.

Esse sangue liberado pelo Hemonorte é usado para transfusão em cirurgias que o paciente corre o risco de perder uma grande quantidade de sangue. Devido à falta dos reagentes, Rodrigo Villar conta que cirurgias ortopédicas, cardíacas e oncológicas sem urgência foram as mais prejudicadas, enquanto priorizava-se as urgências de politraumas e hemorragias agudas, muitas decorrentes de acidentes de trânsito e casos de violência.

Somente neste ano, por outras duas vezes a falta de reagentes prejudicou pacientes nas redes pública e privada (aqueles que se submetem a procedimentos ligados ao SUS). Em abril faltaram reagentes para classificação sanguínea e, no fim de junho, a falta de reagentes para verificar compatibilidade entre doadores e receptores de órgãos prejudicou transplantes de rins, conforme veiculado pela TRIBUNA DO NORTE.

Ainda de acordo com a direção do Hemocentro, o processo de solicitação da demanda referente ao fim de dezembro e os dois primeiros meses de 2017 está sendo finalizado pela Controladoria Geral do Estado e seguirá para liberação pela Sesap. Outro fator que o diretor geral destaca é que 2016 “não foi um ano bom em comparação com 2015”, atestado pelo número atual de 312 bolsas no banco de sangue. Esse número é considerado crítico para quem abastece agências transfusionais – pequenos bancos, principalmente em hospitais como Walfredo Gurgel e o Hospital Universitário Onofre Lopes – e atende demandas de pacientes que chegam direto ao Hemocentro.

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