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Henrique vai presidir eleição da Mesa Diretora na Câmara

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DECANO -  Henrique Alves preside sessão na Câmara Federal

Publicada às 08h25

O fato de ser o deputado federal com maior número de legislaturas – nove mandatos já exercidos – fará de Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) o presidente da sessão em que será eleita a nova Mesa Diretora da Câmara. O deputado, que toma posse no dia 1º de fevereiro do seu décimo mandato, chegou à Casa em 1971 e desde
então vem alcançando sucessivas reeleições.

Henrique Eduardo Alves promete "equilíbrio e moderação" na condução dos trabalhos. "Espero que a Câmara eleja um presidente que possa recuperar o prestígio e a dignidade do Legislativo", afirma.

Esta não é a primeira vez que Alves vai assumir a presidência de uma sessão preparatória em início de legislatura. Em 2003, também como deputado com maior número de mandatos, Alves presidiu tanto a sessão para eleição da Mesa, quanto a de posse dos deputados.

Pelo Regimento da Câmara, assume a direção dos trabalhos nas sessões destinadas à eleição da Mesa o último presidente, se reeleito deputado, e, na sua falta, o deputado mais velho dentre os de maior número de legislaturas. Em 2003, o presidente anterior, Aécio Neves, havia sido eleito governador de Minas Gerais e não retornou à Câmara. Desta vez, Aldo Rebelo, o último presidente da atual legislatura, decidiu abrir mão de presidir a sessão em que será eleita a Mesa Diretora, já que é candidato à reeleição.

Trajetória

O gosto pelo debate e pela "negociação política sadia" foi, segundo o próprio Alves, um dos fatores a influenciá-lo na escolha da Câmara. Dessa forma, vivenciou as diferentes fases atravessadas pelo Legislativo nos últimos 35 anos, como a ditadura militar e a elaboração da Constituição de 1988.

Henrique Eduardo Alves observa que, diferentemente de quando assumiu seu primeiro mandato, em pleno regime militar, hoje o Legislativo é ouvido e vem ganhando espaço na democracia brasileira. Quando se tornou deputado, o Parlamento vivia um de seus piores momentos, lembra. "O governo atropelava o Legislativo. Nossos protestos não iam além das quatro paredes". Mesmo assim, o único foco de resistência era o Congresso. "Foi um momento muito difícil, vendo companheiros sendo perseguidos e cassados", lamenta.

Para Alves, atualmente "o que falta é os deputados serem mais zelosos no seu trabalho", para evitar tantas denúncias como as verificadas na última legislatura. "Os escândalos do mensalão e das sanguessugas afetaram muito a credibilidade e o prestígio do Legislativo", avalia. Na opinião do deputado, a reforma política representará um passo importante para tornar a vida partidária mais coerente e a vida parlamentar mais respeitada.

Filho do ex-deputado, ex-ministro e ex-governador do Rio Grande do Norte Aluízio Alves (falecido em 2006), Henrique Eduardo Alves tem 58 anos e é formado em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Exerceu todos os seus mandatos pelo PMDB e pelo antigo MDB. Sua única incursão pelo Executivo foi entre 2001 e 2002, quando ocupou por nove meses o cargo de secretário de Governo e de Projetos Especiais do Rio Grande do Norte. Na Câmara, foi vice-líder do PMDB em diversas ocasiões e presidiu diferentes comissões, entre elas a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Na Constituinte, conta que se dedicou principalmente aos direitos sociais. Ele lembra a "liderança expressiva" do deputado Ulysses Guimarães, presidente da Câmara à época, e afirma que foi um momento de grande aprendizagem em sua vida pública.

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