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Homem-bomba era de Manchester

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A polícia britânica identificou ontem Salman Abedi, de 22 anos, como o autor do atentado suicida que matou 22 pessoas e feriu outras 59 em um show da cantora Ariana Grande, em Manchester, na noite de segunda-feira (22). Foi o segundo ataque terrorista no território britânico em 2017 e o mais violento ocorrido no Reino Unido desde 2005.

Até o início da noite de ontem, apenas três vítimas fatais haviam sido identificadas: uma menina de 8 anos, Saffie Rose Roussos, uma estudante de 18, Georgina Callander, e um jovem de 26, John Atkinson. Outras 12 crianças abaixo de 16 anos estão entre os 59 feridos no atentado. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou que não há, até o momento, registro de brasileiros entre as vítimas.

Vigília por vítimas de atentado, ontem, em Manchester, contou com a presença de muçulmanos
Vigília por vítimas de atentado, ontem, em Manchester, contou com a presença de muçulmanos

Segundo o chefe da polícia em Manchester, Constable Ian Hopkins, as autoridades ainda investigam se Abedi agiu sozinho ou contou com uma rede de colaboradores. O Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelo atentado, porém a informação não pode ser confirmada de forma independente.

Salman Abedi, identificado pela polícia britânica como autor do atentado – apesar de seus restos mortais não terem sido reconhecidos de forma oficial por um juiz forense  – nasceu em Manchester e é filho de um casal de refugiados líbios que fugiu da ditadura de Muamar Al Kaddafi, disseram ontem à Agência Efe fontes de Segurança de Trípoli.

Segundo tais fontes, Abedi nasceu em 1994 em Manchester. Segundo a rede britânica BBC, Abedi tinha pelo menos dois irmãos, também britânicos. O núcleo familiar vive em diversos domicílios no bairro de Fallowfield, ao sul de Manchester, onde a polícia realizou ontem uma batida, informou o canal público.

Antes de se mudar para o sul de Manchester, onde reside há mais de uma década, o pai de Salman, Ramadan Abedi, que trabalhava no setor de segurança, viveu em Londres durante algum tempo, disseram as fontes líbias.

O show da cantora americana Ariana Grande reuniu milhares de jovens e crianças em Manchester.  Uma rua do sul de Manchester foi isolada na manhã de ontem, onde o esquadrão anti-bombas realizou uma detonação controlada de um explosivo. Em outra vizinhança, as autoridades invadiram um apartamento. Em um terceiro bairro, os policiais prenderam um suspeito de 23 anos de idade, por possível  conexão com o ataque.

Terrorista
O grupo terrorista Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelo ataque terrorista. O grupo fez uma declaração online no Telegram, afirmando que “um soldado do califado” plantou um dispositivo explosivo improvisado no local para “aterrorizar os politeístas”, em vingança pela “agressão aos países muçulmanos”. Segundo o Estado Islâmico, a Manchester Arena, local que hospedou o show de Ariana Grande, é um lugar “despudorado”.

Em comunicado, o grupo jihadista afirmou ainda que o ataque é uma “vingança da religião de Deus” e que tem por objetivo “aterrorizar os politeístas”, em referência aos cristãos. O grupo ameaça que “o próximo será mais forte, mais intenso, contra os adoradores da cruz e os seus aliados”.

Após o ataque em Manchester, o Departamento de Polícia de Nova York aumentou a segurança na cidade, implementando unidades antiterrorismo em locais de shows centros de trânsito, arenas esportivas e outros lugares. O comissário assistente da política de Nova York, J. Peter Donald, afirmou que os nova-iorquinos veriam, ontem, várias equipas com artilharia pesada e oficiais altamente treinados para combater o terrorismo, além de cães policiais para detectar possíveis explosivos espalhados na cidade.

*Com informações do Estadão Conteúdo, da Agência Brasil e da Dow Jones Newswires.

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