Marcos Lopes
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A partir de agora são seis jogos até chegar no acesso para a Série C e a margem de manobras fica extremamente reduzida. Os primeiros 180 minutos do América serão novamente contra o Imperatriz com o primeiro jogo no Maranhão e a volta na Arena das Dunas. E neste tipo de disputa, o que conta mesmo e que determina a maior ou menor dificuldade é o jogo de ida. O time de Ney da Matta vai precisar ter a inteligência tática, e o equilíbrio emocional para construir um resultado positivo na casa do Cavalo de Aço, o que penso que não será parada fácil.
Imperatriz cresceu
O time que fez o jogo da rodada passada contra o América lá no Barrettão, mesmo perdendo por 2 a 1 mostrou ser bem mais equilibrado e organizado do que aquele da primeira rodada e com alguns jogadores que merecem uma maior atenção, casos do Renan na ala esquerda, do Daniel Barros e do Eloir na intermediária e do Júnior Chicão lá na frente. O Imperatriz mostrou ser um time arrumado e bem organizado.
Melhor atuação
Foi no confronto do Barrettão contra o Cavalo de Aço que o América de Ney da Matta fez a melhor apresentação até agora. Consegui enxergar um time equilibrado, organizado taticamente e com padrão, mas pecou na pouca qualidade técnica/individual de alguns.
Dificuldades
Vejo Ney da Matta ainda com dificuldades para definir o time do América, o que não é aceitável, já que ele foi o responsável pela montagem do elenco. Insistir com Daniel no gol? Com Lucas Silva no ataque? Thiago Sala recuperado pelo Departamento Médico é banco ? Penso que alguém precisa abrir os olhos do treinador, mostrar que algumas convicções dele estão muito mais para teimosia. Esperar para ver nesta semana como será a montagem do elenco. Se der mole no jogo da ida, corre risco na volta e o América, repito o que disse lá em cima, não tem mais margem para erros.
Desequilibrado
O Globo, hoje lanterna do grupo A da Série C é um time desequilibrado e que não está sabendo jogar a competição. Não somou nenhum ponto fora de casa. O ataque não marca e a defesa não sabe segurar os adversários. Em 7 rodadas a Águia marcou 5 e sofreu 9 gols, déficit de quatro gols. Fernando Tonet precisa encontrar o equilíbrio do time sob pena de ter ainda mais dificuldades.
Convicção e teimosia
Insisto que a linha que separa a convicção da teimosia é muito tênue, e no caso do Globo perigosa. Em uma competição dura como a Série C e de tiro curto, sem muito tempo para recuperação, você não pode abrir mão de jogadores experientes e decisivos, como os casos de Renatinho Carioca que está no banco e é pouco aproveitado e menos ainda de Renatinho Potiguar, que contra o Náutico entrou na segunda parte e fez com que o time melhorasse um pouco do meio para frente. São dois jogadores rodados mas capazes de dar um balanço muito melhor ao time de Tonet.
Dever de casa
Contra o Náutico no sábado, é mais uma oportunidade para o ABC fortalecer a permanência no G4 e manter a boa sequencia que vem tendo na competição. O “11” Ranielle Ribeiro já encontrou, o time vem jogando bem e conquistando resultados. Entendo que precisa – podem me chamar de chato – urgentemente qualificar o elenco, qualificar as opções para não correr riscos. Vencer o Náutico do Márcio Goiano dentro do Frasqueirão é fundamental para quem quer classificar.
Máquina de moer
Um levantamento feito pela Pluri Consultoria mostra que a Série B do Brasileiro é o campeonato com maior taxa de demissões de treinadores no mundo, com média de 3,1 x por ano. A Série A do Brasileiro é o nono campeonato que mais troca de treinadores com 1,7x.
Máquina de moer 1
A cultura do futebol brasileiro, é de trocar treinadores de forma muito constante. Quando um profissional consegue fechar uma ou duas temporadas em um mesmo clube, já vira manchete. Os clubes não tem projeto e planejamento que incluam os treinadores. É uma cultura arrigada nos dirigentes. A maioria não contrata com planejamento e nem com convicção.
Falou e disse
Eduardo Baptista, treinador do Coritiba: “Precisamos votar certo, tirar esta cambada de corruptos, de pessoas desonestas que matam tanta gente”.
