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Horas na fila por um exame da mama

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As mulheres atenderam ao chamamento da Maternidade Januário Cicco (MEJC), ligada à Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), para a prevenção do câncer de mama. Nesta quinta-feira (30), no encerramento do ‘Outubro Rosa’, o mutirão de exames da mama na MEJC atraiu mais de 1,4 mil mulheres – quatrocentas a mais do que a demanda inicialmente prevista, segundo o diretor-superintendente da unidade, o médico Kléber Morais.
Mutirão de exames da mama na MEJC atraiu mais de 1,4 mil mulheres – 400 a mais do que o previsto
No final da tarde, ao fazer um balanço do mutirão o médico informou que 1.346 procedimentos foram realizados, sendo 1.259 consultas, 45 ultrassonografias  mamarias e 42 mamografias. Segundo Kleber Morais, somente na parte da manhã foram a atendidas 700 mulheres. Entre 9h e 11h, a fila, que dava a volta no quarteirão, chamava atenção de quem passava próximo. Quem esperava atendimento reclamava da falta de informação e da incerteza quanto à realização dos exames.

A dona de casa Rita de Cássia Queiroz, 42, contava que havia acordado muito cedo e chegado às 6h20 ao local. “Nem minha filha eu pude levar para a creche. Estou aqui esperando para fazer a mamografia, mas já me disseram que estão realizando apenas o toque”, queixou-se. Antônio Silva de Paula, 53, funcionário público, levou a mãe para ser atendida e acusava a direção da maternidade de irresponsabilidade. “Minha mãe tem 72 anos, não pode ficar horas na fila debaixo do sol. Viemos da Zona Norte para passar por essa humilhação”, reclamou.

#SAIBAMAIS#A auxiliar de serviços gerais Maria do Carmo de Lima, 42, perdeu o dia de trabalho. “Foi tudo mal organizado, fila absurda, sem nenhuma informação ou qualquer direcionamento”, afirmou. Ela conta que saiu de casa muito cedo e esperava ir trabalhar após ser atendida. “Agora não sei que horas vou sair, vou passar o dia aqui”, disse.

A MEJC esperava realizar apenas mil atendimentos e, segundo seu diretor, a demanda ultrapassou a expectativa. “Montamos uma operação de guerra hoje aqui. Todos os atendimentos ambulatoriais foram reservados ao mutirão”, minimizou. O planejamento era realizar até 150 ultrassonografias mamárias e 50 mamografias, para as pacientes que apresentassem nódulos ou fatores de risco.

Diariamente, a MEJC realiza dez atendimentos preventivos por dia com mastologistas, além das consultas ginecológicas, em que o exame de mama é feito se houver queixa ou em caso de primeira vez da paciente. “Por ano, fazemos 60 mil atendimentos ginecológicos”, garante. Segundo ele, toda a estrutura ambulatorial foi direcionada para o mutirão. “Atingimos o objetivo de chegar à mulher norte-rio-grandense e despertar nela a conscientização acerca do câncer de mama”, pontuou.

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