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Horta dá nova vida a terreno baldio

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Um terreno ocioso, que só trazia problemas à vizinhança, virou uma horta orgânica verdinha, onde da terra — hoje fértil — brotam alface americano, rúcula, brócolis, espinafre, rabanete, salsa, agrião, hortelã, berinjela, tomates cereja e mandioca, entre muitas outras verduras e legumes. A enfermeira Alexandra Cristina Soares, de 47 anos, foi responsável, junto com o marido, pela transformação do espaço, no bairro de Capim Macio, zona sul de Natal.
A enfermeira Alexandra Cristina Soares cultiva horta orgânica em Capim Macio
O casal trocou São Paulo pela capital do Rio Grande do Norte há dez anos, e foi quando começou a fazer sua pequena revolução verde. “A gente chegou aqui e eu senti muita falta de alimentação orgânica — rúcula, alface, brócolis, chicória, scarola… — aí comecei a plantar pra mim”, conta Alexandra, que atualmente mantém dois funcionários na horta e ainda tem mais 30 famílias plantando para ela em municípios vizinhos a Natal.

“Em 1 mil metros quadrados (tamanho do terreno da horta), não consigo dar conta de todos os clientes que atualmente nos procuram. No sábado chego a vender, só de couve, 140 maços em meio período. Tem que ter couve adoidado! Mas é uma alegria imensa”, diz Alexandra, toda orgulhosa.

Comercialmente, a horta tem apenas três anos de vida. No começo, o casal plantava no quintal de casa, só para consumo próprio. E mesmo depois de comprar o terreno ao lado, ainda passou-se algum tempo para a paixão dos dois por plantas transformar-se em negócio.

“No início, plantávamos apenas árvores no terreno, que estava aqui abandonado, só causando problema. A gente precisava de sombra e quebra de vento e também transformar duna em solo fértil. Aí fomos decompondo tudo que tinha. Pedíamos aos vizinhos que não jogassem a grama fora, as palhas do jambo… Não usamos nenhum tipo de agrotóxico”, diz a enfermeira, que orienta e supervisiona as 30 famílias de agricultores que atualmente produzem para ela.

Alexandra conta que foi procurar produtores em municípios vizinhos a Natal porque na capital não encontrou quem plantasse. No entanto, ela diz que não é nada difícil ter uma horta orgânica, coisa possível de se fazer até mesmo no quintal de casa.

“Não tenham medo. Eu sou enfermeira e aprendi fazendo, tentando. Precisei pesquisar. Tive praguinhas aqui que ninguém, mesmo na UFRN, conseguiu me dizer como combater”.

A horta fica na rua Américo Soares Wanderley, 1937, e funciona das 7h30 às 12h e das 15h às 17h de segunda a sexta, e das 7h30 ao meio-dia aos sábados.

Faça sua horta
Veja dicas:

Se você dispõe de espaço na sua casa ou mesmo apartamento e tem interesse em fazer uma hortinha, mas não sabe nem por onde começar, comece buscando informações na internet. A página do Facebook “Hortas Urbanas Brasil”, de onde extraímos as dicas abaixo, é um endereço que merece ser visitado.    

1 Em primeiro lugar, analise se existe um espaço adequado em sua casa ou apartamento para abrigar as plantas.

2 O local deve ter pelo menos 4 horas por dia de sol ou grande luminosidade. Importante: as plantas não devem ficar expostas ao sol o dia inteiro ou receber ventos fortes.

3 Uma vez verificado o espaço, o próximo passo é a escolha do que será cultivado. É preciso saber em que tipo de solo a espécie vive e se ela gosta de muita água ou não. Ervas como o alecrim e sálvia, por exemplo, são provenientes do mediterrâneo e acostumadas com solo arenoso e seco, já o manjericão e a salsinha preferem um solo mais úmido com muitas regas.

4 É importante categorizar as plantas para escolher quais compartilharão o mesmo vaso. Lembre-se de combinar plantas altas para fazer sombra para plantas menores. Quanto maiores os tipos de cultivos, maior resistência a fungos, larvas e pulgões. Existe uma tabela de plantas antagônicas e plantas que se combinam. Pesquise na internet e encontrará. 
 
5 Pode ser em vasos e também em suportes recicláveis, como caixotes de madeira, latas de leite ou achocolatado, garrafas PET e cano de PVC, pneu etc. O importante é que o recipiente tenha furos embaixo para que o excesso de água escoe. O tipo de raiz da planta também influencia na escolha do vaso. Caso ela seja profunda, procure recipientes mais altos para que a planta possa se desenvolver.

6 Os melhores momentos para regar são pela manha ou ao final da tarde. Não existe receita para isso. É preciso ter algumas informações prévias sobre cada espécie e observá-las.

7 Na hora de podar galhos, corte sempre na diagonal e próximo a nós. Caso retire frutos ou folhas, é preciso cortar seu galho dois pontos de brotamento abaixo. Por exemplo, se você retirar uma pimenta de um galho, é necessário cortar parte deste galho para que a planta tenha energia para se desenvolver melhor.

8 Coloque uma camada de húmus a cada três meses. Não superestimule as plantas no inverno. Neste período, elas tendem a ficar feias. Porém, este processo faz parte de seu ciclo, onde ela ganha energia para florescer na primavera.  

Fonte: Site Ciclo Vivo (www.ciclovivo.com.br)

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