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IBGE comprova lento avanço na área social

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Uma população, em média, quatro anos mais velha, com 34,4% de analfabetos funcionais, expectativa de vida de 69,4 anos, óbitos neonatais precoces de 44,4% e um fosso entre ricos e pobres que não pára de crescer. Esta é a principal conclusão da Síntese de Indicadores Sociais do Rio Grande do Norte, divulgada ontem pelo IBGE. A síntese, que apresenta um conjunto de informações demográficas e sociais, é um desdobramento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, ano-base 2004.

Os dados sobre trabalho mostram que o rendimento médio dos trabalhadores ocupados caiu, tanto para os 10% mais ricos como para os 40% mais pobres. Em 2001, esse rendimento era de 10,63 salários mínimos para os ricos e de 0,66 para os pobres. Em 2004, essa relação foi de 8,8 (ricos) e 0,53 (pobres).

Mesmo com a recuperação do mínimo iniciada pelo governo Lula e apesar da queda no poder aquisitivo dos mais afortunados, o fosso entre ricos e pobres aumentou no RN. A relação entre o rendimento médio de ricos e pobres passou de 16,01 salários em 2001 para 16,7 em 2004.

Os dados apontam outro dado preocupante. Apesar de ter regredido um pouco, o universo de crianças com menos de seis anos de idade que moram com famílias cuja renda per capita não ultrapassa meio salário mínimo é de 60%. Esse percentual era de 56,1% em 2001, subiu um pouco no ano seguinte e foi aos 63,3% em 2003, primeiro ano do governo Lula.

De acordo com o IBGE, o rendimento médio mensal de todos os trabalhos da população ocupada chegou, em 2004, a R$ 508,70, o terceiro maior entre os estados nordestinos. Um detalhe: os vencimentos médios de militares e estatutários, de R$ 993,30, é um dos menores da região, puxados para baixo provavelmente pelos soldos da Polícia Militar. No caso dos trabalhadores domésticos, a média era de R$ 294,30 (abaixo, portanto, do mínimo de 2004); o dos trabalhadores autônomos R$ 337,40 e dos empregadores R$ 1.679,70.

Outro dado que chama atenção é o número de óbitos neonatais, isto é, de crianças com até seis dias de vida. Eles eram 20,9% em 1991 e subiram para 44,4% em 2004. Para os óbitos pós neonatais – de 28 a 364 dias – eles eram 40,6%.

“Em relação ao comportamento reprodutivo, os dados apontam para um aumento da proporção de nascidos vivos oriundos de mães adolescentes com idade entre 15 e 19 anos. Em 1991 a proporção, no Brasil, era de 16% passando para 19,9% em 2004. No Rio Grande do Norte esta evolução foi ainda maior: de 14,8% para 22,1%”, informa o estudo coordenado pela equipe de Elder de Oliveira Costa, chefe do IBGE/RN.

“Considerando que o número de mães adolescentes vem crescendo, projetos na área de planejamento familiar e métodos de concepção e contracepção se tornam fundamentais”, sugere o estudo.

A Síntese de Indicadores Sociais mostra ainda que quanto maior o grau de instrução da mulher, menor o número de filhos. No RN, 41,4% das mulheres com idade entre 15 e 49 anos, que foram mães, tiveram três filhos ou mais, e isso acaba criando problemas para elas tanto nos estudos como no mercado de trabalho.

Dos jovens entre 16 e 24 anos ocupados em atividades laborativas, a grande maioria (33,7%) ganhava entre meio e um salário mínimo. No RN, 65,3% da população ocupada não contribui para a Previdência Social. Dos mais de 280 mil de idosos que havia no RN em 2004, a metade tinha menos de um ano de estudo.

Brasil é um dos dez países com mais idosos

Rio (AE) – O Brasil ingressou definitivamente no grupo dos 10 países com o maior número de pessoas com mais de 60 anos de idade. São 17,6 milhões de brasileiros nesta faixa etária (9,7 % da população atual), de acordo com o estudo do IBGE. Os números mostram que o processo de envelhecimento da população brasileira “caminha a passos largos”, embora ainda bem longe do cenário verificado em países como Itália, Japão, Alemanha e França, todos com estrutura demográfica já considerada envelhecida. Juntos, os 10 países respondem por 62% da população idosa mundial.

No caso brasileiro, o Rio de Janeiro lidera a relação de Estados com a maior proporção de idosos, com pouco mais de 2 milhões de pessoas acima de 60 anos, 13,3% da população local. Em números absolutos, São Paulo registra o maior contingente de idosos no País, 4 milhões nesta faixa etária, 10,1% da população. De acordo com os números do IBGE, o Índice de Envelhecimento do Brasil passou de 0,11 no início da década de 80 para 0,25 em 2004. Ou seja, para cada 100 jovens até 15 anos há atualmente 25 idosos.

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