O Instituto de Desenvolvimento Ambiental do Meio Ambiente (Idema) vai realizar uma vistoria nos parrachos de Maracajaú, um dos principais conjuntos de corais do Rio Grande do Norte e destino de passeios turísticos. O motivo da vistoria são os primeiros registros de manchas de petróleo na área, detectadas nesta quarta-feira (9). “A vistoria vai dar um relatório mais completo sobre a situação na área”, afirma Leonlene Aguiar, diretor do Idema.
#SAIBAMAIS#A constatação das manchas foi feita pela Fundação Para o Desenvolvimento Sustentável da Terra Potiguar (Fundep), que monitora a região. A avaliação inicial é que a quantidade de petróleo é pequena e não causa impactos aos corais e aos passeios turísticos.
O Idema avaliou inicialmente que a vida marinha local não foi atingida. “O que vemos é que essas manchas não estão nos corais, mas existe a preocupação se chegar lá”, destacou Aguiar.
Nenhuma ação no Rio Grande do Norte foi iniciada com o objetivo de evitar que o petróleo atinja estuários mais sensíveis. Em Sergipe, onde as manchas chegaram em maior volume, a Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) instalou bóias absorventes para conter o avanço do material na foz do rio Vaza-Barris, uma região de Aracajú e que faz conexão com outros rios.
Na reunião do Idema com os municípios na próxima segunda-feira, as ações preventivas devem ser um assunto tratado, assim como a destinação do material recolhido. Há uma preocupação de biólogos de que essas manchas atinjam ecossistemas mais sensíveis, onde a retirada do material serial impossível – corais são um desses ecossistemas. O petróleo é tóxico e não pode ficar em um lixo comum.