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IEL tem quase 54 mil estudantes cadastrados

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Quando ainda estava no Ensino Médio, a jovem Weny Araújo, de 23 anos, teve a oportunidade de estagiar na Companhia Enérgetica do Rio Grande do Norte (Cosern). À época, Weny era estudante do curso de eletrotécnica no Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) e, terminado o seu período de estágio, teve que tomar uma decisão difícil: continuar sua formação acadêmica, ingressando no curso de Engenharia Elétrica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), ou aproveitar a oportunidade de efetivação que lhe foi oferecida pela empresa.
Com estágio na Cosern, Weny Araújo, de 23 anos, aproveita oportunidade de ganhar experiência
Com estágio na Cosern, Weny Araújo, de 23 anos, aproveita oportunidade de ganhar experiência

Com 18 anos, Weny decidiu seguir a graduação – e retornou à Cosern anos depois, novamente como estagiária. “Eu não sei se conseguiria ter um emprego regular fazendo meu curso, principalmente por ele ser integral e demandar muita dedicação”, explica a jovem. Atualmente, ela trabalha uma jornada de 30 horas semanais, que divide com o tempo que passa na UFRN assistindo as aulas e estudando.

Tentar encontrar um primeiro emprego em um mercado que, além de ainda estar sofrendo com os efeitos da crise econômica, muitas vezes exige experiência do candidato vem se mostrado uma tarefa difícil para jovens em todo Brasil. No caso dos recém-graduados, tanto em cursos de ensino técnico como superior, apesar de muitos possuírem os títulos e as qualificações, a falta de experiência prévia acaba sendo um fator definidor na hora de conseguir um emprego. Para muitos, é no estágio que essa experiência acaba acontecendo.

“O estágio é a primeira oportunidade do indivíduo, independente da sua área de formação, se insira no mercado de trabalho. O estágio é um ato educativo. Se eu, enquanto futuro profissional, não tiver oportunidade de colocar as minhas experiências em sala de aula na prática, vai ficar difícil até para mim entender o que o mercado espera de mim enquanto profissional”, explica Angélica Teixeira, superintendente do Instituto Euvado Lodi (IEL), ligado à Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), e que serve como ponte entre Academia e Indústria.

Atualmente, o IEL possui, no Rio Grande do Norte, 53.797 estudantes cadastrados. As áreas de maior absorção, de acordo com ela, são as de ciências contábeis, pedagogia e administração, seguidas pelos cursos técnicos em geral e as engenharias. “O estágio não deve, de forma alguma, substituir os vínculos empregatícios ou profissionais formados. O estagiário deve poder, nessa experiência, aprender, errar, e ser acompanhado de perto por profissionais da área.”, completa Angélica. Nem os estágios, no entanto, conseguiram escapar aos efeitos da crise econômica no RN: o total de alunos inseridos em estágio caiu de 5.411, em 2016, para 3.148, em 2018.

Para muitos estudantes, como Weny, foi a partir do seu desempenho enquanto estagiária que ela conseguiu garantir uma oferta de emprego, terminado o contrato. Próxima do fim do curso, a jovem conta ainda estar avaliando os próximos passos. “Considerei um mestrado, vou mandar meu currículo para as empresas… Acredito que minha experiência vai ajudar bastante, mas o fim da graduação sempre é um momento de incertezas, principalmente porque o mercado não está fácil”, afirma.

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