Luiz Antônio Felipe
O IBC-Br, considerado uma “prévia do PIB”, sobe 0,21% em dezembro e acumula alta de 1,15% em 2018. A atividade econômica desacelerou a olho nu no 4º trimestre, diz uma análise do banco Goldman Sachs. Caiu 1% no Nordeste. Para os empresários, em 2019 o consumo deve crescer, mas a recuperação será tímida. Acende desde agora uma luz amarela para os governos Federal, estaduais e municipais. É trabalhar com rédeas curtas, olhando muito mais para as despesas que tendem a crescer. Além do consumo das famílias vai fazer falta o investimento público. O orçamento estimado do FGTS em 2019, de R$ 30 bilhões para habitação popular é outro indicador ruim.
Dificuldade
Os estados taxam o agronegócio para enfrentar a crise fiscal. Segundo especialistas, com a regra atual, nem em dez anos os Estados vão ajustar as contas. O agronegócios no Nordeste só é forte em atividades localizadas, o restante é de subsistência.
PrevidênciaAgradou ao mercado a proposta de reforma da Previdência Social. O texto é considerado “melhor que o esperado”, ao definir a idade aos 65 anos para homens e aos 62 para mulheres. A regra de transição de 12 anos é a “bola de prata”, para se conseguir uma redução de R$ 100 bilhões nos custos da Previdência, ao ano. O governo deveria separar o que é realmente Previdência do restante dos custos.
Elevação
A inflação pelo IGP-10 acelera para 0,40% em fevereiro. Os preços dos alimentos sobem menos e desacelera a inflação ao consumidor. O Índice de Preços ao Consumidor subiu 0,38% em fevereiro, ante a alta de 0,45% registrada em janeiro. Quatro das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais baixas, com destaque para o grupo Alimentação, que recuou de 0,91% no mês passado para 0,66% em fevereiro.SOBREVIVÊNCIA Com a crise financeira, quatro em cada dez brasileiros vendem o vale-refeição r usam o valor para pagar contas, apontam a CNDL/SPC Brasil. A prática é adotada por 39% dos trabalhadores, embora a comercialização seja ilegal. Mais da metade extrapola o valor mensal do benefício e 33% admitem fazer uso com frequência para outras finalidades. Por outro lado, 61% garantem nunca recorrer a essa prática.
Carnaval do crescimento
O carnaval de 2019, vai movimentar R$ 6,78 bilhões e gerar 23 mil vagas em todo o Brasil. A projeção otimista é da Confederação Nacional do Comércio (CNC). Isso por conta da inflação baixa e o dólar mais caro que no ano passado favorecendo o fluxo interno de turistas e ajudando o setor a crescer 2,0%, na comparação com o carnaval de 2018. “Neste ano, a massa de rendimentos está mais favorável e mais pessoas estão ocupadas. Isso, em um ambiente de inflação baixa e crédito mais barato, beneficia gastos não essenciais”, explica Fábio Bentes, economista-chefe da Confederação.
Reação
As taxas futuras de juros recuam com dólar e o otimismo sobre Previdência. Ontem, na abertura do mercado o dólar e juros futuros operavam em baixa.
Chuvas (I)
As inundações mataram pelo menos 500 mil bovinos na Austrália. Mais da metade de todo o rebanho potiguar que é de 900 mil cabeças. As fortes chuvas no lado de lá, no Pacífico, confirmam o bom inverno no Nordeste brasileiro com o Atlântico mais quente ajudando.
Chuvas (II)
O fenômeno El Niño está caracterizado e impactos locais são esperados nos próximos meses, alerta a NOAA, agencia de meteorologia dos Estados Unidos. O fenômeno será de baixa intensidade, mas com possíveis impactos para safra brasileira.
Geração (I)
O Rio Grande do Norte aumenta a “exportação” de energia renovável ao atingir 4,019GW da fonte eólica, mantendo-se como líder em capacidade eólica instalada no Brasil. A marca foi alcançada com a entrada em operação comercial dos parques São Miguel I e III, cada um com 21MW em potência instalada. Os dois parques, da COPEL (Companhia Paranaense de Energia), ficam em São Bento do Norte.
Geração (II)
A geração de energia por fonte eólica já representa 86% de toda a potência instalada No RN. A matriz, incluindo as termelétricas e fontes fotovoltaicas soma hoje 4,65GW. Segundo o Diretor Setorial de Energia Eólica do Cerne, Darlan Santos, “o RN tem aumentado sua capacidade instalada de maneira quase ininterrupta”.
Geração (III)
A demanda de energia no Brasil deve crescer 4% em 2019, em relação ao ano anterior segundo o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Thiago Barral,a. Ele disse que a estatal trabalha com uma projeção de crescimento do PIB de 2,7%, um percentual Ra lá de otimista.
