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Indicadores prometem decolagem

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Alcyr Veras
Economista e professor universitário           

O mais importante neste início de novo ano, não é apenas a euforia com os resultados positivos de recuperação do crescimento da nossa economia, mas, sobretudo, quanto a manutenção desses pontuais indicadores econômicos necessários à consolidação de sua estabilidade.

Em seu característico estilo irreverente e irônico, o célebre economista canadense John Kenneth Galbraith, autor do polêmico livro “A Era da Incerteza”, afirmou: “o sistema econômico moderno sobrevive, não pela excelência do trabalho daqueles que prognosticam o seu futuro, mas pela capacidade de corrigirem os próprios erros de suas previsões.” Em seus ensinamentos, Galbraith diz ainda que as ideias econômicas refletem a sua própria época. E que se o mundo se modifica, por meio de um constante processo de transformação, as teorias e as práticas econômicas também devem mudar para permanecerem sempre relevantes e atualizadas.

Além da histórica e marcante Revolução Industrial, o mundo passou por uma trajetória de profundas mudanças devido às guerras, depressões e crises econômicas. No presente, temos como desafio saber lidar com as flutuações do mercado financeiro (Bolsas de Valores e Câmbio), com as variações de preços dos bens e serviços, o emprego e desemprego, as exportações e importações, os bancos e os investimentos. E no futuro?  A sociedade “futurista” pensa no ideal de chegar ao Estado do Bem-estar social. Mas, para isso, é necessário reduzir as desigualdades sociais, manter a equitativa distribuição de renda, e a eliminação da extrema pobreza.

A Globalização tem seus pecados, mas também tem suas virtudes. Na visão de especialistas moderados, a globalização é um ágil processo de aprofundamento internacional de integração econômica, social, cultural e política, impulsionado pela redução dos custos dos meios de transportes e comunicações entre os países. Assim, sob a ótica de um mundo “plano”, a globalização sepultou de vez os antagônicos ranços ideológicos entre Socialismo e Capitalismo.

Não é xenofobia não!  Hoje, o Brasil representa a nona economia mundial e a primeira da América Latina, segundo dados do FMI – Fundo Monetário Internacional, com um PIB estimado no valor de 2.4 trilhões de dólares (9.6 trilhões de reais), ou seja, estamos entre as dez maiores economias do planeta. Ocupamos as duas primeiras posições mundiais como exportadores de proteína animal (bovinos e aves), café, soja, açúcar, suco de laranja, etanol e minério de ferro. Além de destaque na indústria de transformação, somos um dos principais produtores de petróleo em águas profundas (pré-sal).

Como dissemos no início, os atuais indicadores econômicos (obtidos pela queda dos juros, pelo enxugamento dos gastos públicos em razão das reformas trabalhista e previdenciária, pelas oportunidades de novos investimentos, a diminuição do desemprego e da taxa de risco) são ambientes favoráveis ao crescimento econômico. A inflação (4.31%), embora continuando baixa, ficou ligeiramente acima da meta (4.25%) – em consequência do caso isolado e acidental do provável aumento transitório do preço da carne bovina. Porém, em se tratando de política econômica envolvendo o mercado exterior, a diplomacia brasileira deve agir com discernimento, bom senso e imparcialidade, principalmente no que concerne aos conflitos internacionais entre países, que eventualmente possam prejudicar nossos Acordos Comerciais com aqueles países.

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