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Indicadores ruins nos EUA e Europa causam crise nas bolsas

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São Paulo (AE) – O clima ruim no mercado externo continua imputando queda à Bovespa, ontem pelo sexto dia seguido, no qual perdeu mais um patamar, o de 59 mil pontos. No rol de justificativas, alguns indicadores norte-americanos se somaram à crise europeia, mantendo o euro fraco e os investidores longe de ativos arriscados. No início da tarde, no entanto, rumores de que teria ocorrido uma intervenção no euro deu fôlego à moeda do Velho Continente, diminuindo um pouco – e temporariamente – as baixas nos mercados de ações.

Na bolsa americana, índices preocuparam investidoresO Ibovespa terminou o dia com variação negativa de 2,51%, aos 58.192,08, menor nível desde os 57.909,95 pontos de 9 de setembro do ano passado. Foi a sexta baixa consecutiva, período no qual perdeu 10,78%. Em relação à pontuação máxima registrada em 2010, de 71.784,78 pontos de 8 de abril, a perda atinge 18,93%. Na mínima do dia, o índice registrou 57.634 pontos (-3,44%) e, na máxima, os 59.684 pontos (-0,01%). Neste mês, o Ibovespa já recuou 13,83% e, no ano, 15,16%. O giro financeiro totalizou R$ 7,953 bilhões.

Os investidores seguem preocupados com a solução para a crise fiscal dos países da zona do euro e também com a fraqueza da moeda do bloco, que vem renovando as mínimas dia a dia. As Bolsas terminaram com baixas fortes, ainda puxadas pelos indicadores ruins divulgados nos EUA. O número de pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA cresceu 25 mil, ante previsão de queda de 4 mil, enquanto o índice dos indicadores antecedentes caiu em abril pela primeira vez desde março de 2009 (-0,1%). Os economistas esperavam +0,2%. O Dow Jones terminou o pregão com recuo de 3,60%, aos 10.068,01 pontos. O S&P perdeu 3,90%, aos 1.071,59 pontos, e o Nasdaq registrou baixa de 4,11%, aos 2.204,01 pontos.

O euro, que na mínima bateu em US$ 1,2295, começou a subir no início da tarde, tendo atingido, na máxima, US$ 1,2599. Os boatos no mercado eram de que teria ocorrido uma intervenção para conter a queda da moeda, mas não foram confirmados. Essa recuperação, no entanto, é que teria dado algum fôlego às ações durante parte da tarde.

Vale ON terminou em baixa de 3,63% e a PNA, de 3,85%. Petrobras ON recuou 3,51% e a PN caiu 3,92%. Na Nymex, o contrato do petróleo para junho, que venceu hoje, terminou cotado a US$ 68,01, em queda de 2,66%, e o de julho caiu 2,31%, a US$ 70,80.

Câmbio

No mercado à vista, a moeda americana registrou sua sexta elevação consecutiva ante o real, período no qual acumulou valorização de 4,90% ante a divisa brasileira. O dólar balcão fechou a R$ 1,8620 (maior patamar desde 12 de fevereiro), avanço de 1,36%, depois de abrir o dia em alta de 2% e chegar a apreciar 3,16% perto das 11h15 da manhã. Já o pronto na BM&F fechou com variação positiva de 1%, a R$ 1,8610 e, no segmento futuro, o contrato para junho, mais negociado, subia há pouco 2,10%, a R$ 1,8710.

Brasil tem  R$ 100 bi lhões para enfrentar turbulência

Brasília (ABr) – O Tesouro Nacional mantém um “colchão de liquidez” (reserva de recursos) estimado em mais de R$ 100 bilhões para enfrentar qualquer tipo de turbulência, caso a crise na zona do euro comece a refletir mais intensamente no Brasil. Os números exatos não são revelados, mas o cálculo leva em consideração as necessidades de refinanciamento da dívida pública federal durante pelo menos três meses. Esse tipo de poupança vem sendo mantido pelo Tesouro como uma das estratégias para enfrentar a instabilidade no mercado financeiro. O colchão funciona como uma poupança, que ajudou em outras ocasiões e permitiu que o governo enfrentasse a crise do ano passado.

“A crise de 2008 foi um belo teste. Um teste de stress pelo qual o Brasil passou bem. E estamos muito confiantes, estamos muito bem posicionados para outras volatilidades pela frente”, afirma o subsecretário do Tesouro Nacional, Paulo Valle. Ele explica que o colchão da dívida funciona da mesma forma que a poupança de uma família. Com o dinheiro poupado, em vez de ir ao banco tomar dinheiro com juros mais altos ou de usar o cheque especial, em alguns momentos é possível adiar o consumo ou usar a poupança, sem pagar taxas mais altas.

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