Verão, praia, sol e pele bronzeada. Uma combinação irresistível para as férias, porém um perigo para a saúde de quem costuma ficar exposto ao sol por muito mais tempo que o habitual e na hora errada. Natal tem um dos mais altos índices de incidência de radiação ultravioleta no país. A média que varia de 9 a 10 durante o ano, em dezembro e janeiro pode chegar a 13, índice considerado extremo.
O Chefe do Laboratório de Variáveis Tropicais do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) no Rio Grande do Norte, Francisco Raimundo da Silva, alerta os natalenses para o perigo da radiação ultra violeta, principalmente agora que o índice UV-B da cidade está muito alto.
De acordo com informações do Inpe, a radiação UV-B é absorvida na atmosfera pelo ozônio, na estratosfera. A pequena quantidade que passa pela atmosfera e atinge a superfície é bastante prejudicial, porque excessos desta radiação causam câncer de pele, e são a grande preocupação dos médicos dermatologistas.
Como a camada de ozônio está ainda diminuindo, e a tendência é de que continue assim por mais algumas décadas, os especialistas acreditam que os raios UV-B devem aumentar sua intensidade no futuro.
O Índice UV-B é um número numa escala de 0 a 16 que mede o risco do efeito biológico de eritema sobre a pele humana exposta à radiação solar: quanto maior o Índice UV-B, maior é o risco. O eritema é o envermelhecer da pele devido a exposição à radiação UV-B. A exposição em excesso causa queimadura na pele e a longo prazo pode causar câncer de pele entre outros males.
“Natal sempre está na faixa de 9 à 10 durante o ano, mas nos meses de dezembro e janeiro esse índice chega à 12 que é considerado extremo”, informou o Chefe do Laboratório, Francisco Raimundo da Silva, que ainda ressaltou que no dia 29 de outubro de 2005 o índice UV em Natal foi o maior já encontrado, chegou a 13. Para a Organização Mundial de Saúde os índices acima de 11 já são considerados extremos e altamente prejudiciais aos seres humanos.
Natal possui esses altos índices por estar localizada próximo à linha do equador e praticamente não ter nuvens (que atenuam os efeitos da radiação UV). “Ficar debaixo do sol das 10 às 14 horas é muito prejudical à saúde. O ideal seria antes ou depois. Quanto ao índice UV, de 4 a 8 considera-se normal. A partir de 8 é perigoso, quando chega a 10 é mais ainda”, alertou Francisco.
