Presidente da Fifa, o suíço Gianni Infantino aprovou a decisão da
Conmebol de transferir a final da Copa Libertadores para Madri. O
dirigente também deu pouca importância ao pronunciamento emitido pelo
River Plate neste sábado, em que o clube argentino se manifestou contra a
mudança da sede da partida contra o Boca Juniors.
“No futebol, sempre se deve jogar”, disse Infantino neste sábado
durante a reunião do G20 em Buenos Aires, capital da Argentina, onde
chefes das principais economias do mundo estão reunidos. “O que
aconteceu não tem desculpa. É uma partida de futebol, não uma guerra ou
uma batalha. Esperamos que esse jogo marque um antes e um depois para o
futebol sul-americano”, discursou o dirigente.
A partida de volta da final da Libertadores, marcada para o último
sábado, não foi realizada porque jogadores do Boca Juniors foram
atingidos por pedras durante a chegada do ônibus da equipe ao estádio
Monumental de Nuñez, onde o River Plate seria mandante do duelo. No
duelo de ida, em La Bombonera, os rivais empataram por 2 a 2.
“A Fifa aprovou a decisão”, disse Infantino sobre a transferência da
sede para o estádio Santiago Bernabéu, em Madri. Na última quinta-feira,
a Conmebol anunciou a mudança do local e a data de realização do duelo
para o próximo dia 9.
“Sabemos da rivalidade e do que ocorreu. A Conmebol acredita que não
seria correto jogar por aqui (América do Sul). Essa é uma situação
excepcional”, afirmou Infantino, quando perguntado se o caso pode
motivar outras confederações a também retirarem as finais de competições
de seus continentes.
Estadão Conteúdo