As tensas relações entre o Reino Unido e a Argentina por conta do controle do território das Ilhas Malvinas podem ter influência nos Jogos Olímpicos de Londres-2012. O governo britânico teme que atletas do país sul-americano aproveitem a atenção da mídia no evento e realizem protestos.
Na última semana, a presidente da Argentina Cristina Kirchner tentou entregar um memorando ao primeiro-ministro britânico David Cameron com documentos sobre a reivindicação das Malvinas, mas o comandante do país europeu se recusou a aceitá-lo.
“Estamos preocupados que a Argentina use as Olimpíadas para protestar pelas Malvinas e vamos ver o que podemos fazer. Parece que eles tentam colocar sua posição em qualquer oportunidade disponível”, disse uma fonte do Ministério do Interior ao jornal Sunday Times.
O Comitê Olímpico Internacional (COI) tem regras rígidas sobre manifestações políticas e religiosas em uniformes durante as Olimpíadas, mas o temor da organização é a repetição do que ocorreu na Cidade do México-1968, em que os velocistas norte-americanos Tommie Smith e John Carlos, ouro e bronze nos 200m rasos, respectivamente, protestaram contra a segregação racial em seu país.
Após receberem suas medalhas, os atletas levantaram os braços com os punhos fechados e luvas na mão, saudação utilizada pelos Panteras Negras nos Estados Unidos. O protesto contra a segregação racial não foi bem visto pelas autoridades e os atletas foram expulsos da delegação norte-americana.
* Fonte: gazetaesportiva.net
