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Inofarm testa droga para Covid-19

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Ainda sem um medicamento comprovadamente eficaz no tratamento ou na profilaxia da Covid-19, cientistas ao redor do mundo investem todo o seu conhecimento em pesquisas que possam levar à vitória contra o novo coronavírus. Diversos estudos buscam em drogas já existentes e em novas substâncias, a cura para a doença que paralisa a sociedade no momento.
Laboratório do curso de Farmácia da UFRN compõe rede de estudos com outras instituições do país
No Brasil, um desses esforços é a chamada nacional Mapeamento de tecnologias de base científica voltadas para o combate da Covid-19, da Emerge, organização sem fins lucrativos especializada em transferência de tecnologias e que faz a ponte entre centros de pesquisa e mercado. Lançado no início de abril, o edital mapeou 50 estudos, dos quais 20 foram selecionados.
Entre essas pesquisas escolhidas pela empresa está uma tecnologia desenvolvida pelo Grupo de Pesquisa Inovação em Fármacos e Medicamentos (Inofarm), do Departamento de Farmácia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (DFAR/UFRN). Com o projeto Novos Fármacos e Sistemas de Liberação Contra o Coronavírus, o Inofarm vai testar possíveis tratamentos para a Covid-19.
Uma dessas alternativas são os derivados aminotiofênicos. O Inofarm obteve a patente Sistemas binários de um derivado de 2-aminotiofeno (6CN) com ciclodextrinas para aplicação farmacêutica, resultado da dissertação de mestrado da pesquisadora Elayne Barros. De acordo com a literatura, essas substâncias têm atividade antiviral, o que leva a serem promissoras no combate à doença provocada pelo novo coronavírus.
Orientador de Elayne Barros nessa pesquisa e coordenador do Inofarm, o professor Ádley Antonini explica que os testes acontecem primeiro in vitro e, então, seguem para ensaios não clínicos e clínicos. Diante do desafio, o docente demonstra confiança em bons resultados após o período de estudos.
“Temos novas moléculas, candidatas a novos fármacos, que são ativas contra muitos parasitas, bactérias, fungos e vírus. Vamos testar contra o coronavírus agora. Desenvolvemos sistemas poliméricos que melhoraram estas atividades e esperamos que seja assim também frente ao corona”, informa o professor do DFAR.
Não se sabe ainda quanto tempo pode levar para a conclusão dos testes. Segundo Ádley Antonini, os ensaios in vitro são mais rápidos que os in vivo. No entanto, não é possível, por ora, estabelecer um prazo de duração desse período, uma vez que os laboratórios estão padronizando os protocolos de estudo.
Por outro lado, pode-se dizer que o trabalho é incansável. O Inofarm mantém diálogo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), bem como tem contato, por intermédio da Emerge, com empresas farmacêuticas para os testes e o eventual desenvolvimento dessas medicações. Na opinião do professor, parcerias e investimentos são essenciais na viabilização desses ensaios.
“Queremos contribuir para a sociedade, avançando na pesquisa de sistemas e novos fármacos que já fazem parte da nossa linha de pesquisa. Temos diversas patentes e produtos desenvolvidos, e agora é a vez de testar no combate a esta pandemia”, afirma o professor Ádley Antonini.
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