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Instituto monitora qualidade da água em açudes do RN

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DIRETORA - Maria Geny Formiga fala sobre os resultadosCom o apoio de um laboratório móvel, o Instituto de Gestão das Águas do Rio Grande do Norte (IGARN) reinicia os trabalhos de monitoramento da qualidade das águas do Estado. Desde ontem, técnicos do Instituto estão realizando a amostragem e análise da água dos açudes da bacia hidrográfica Apodi-Mossoró.

Segundo Maria Geny Formiga de Farias, diretora geral do IGARN, o monitoramento da qualidade das águas é um trabalho importante, pois a água é um bem precioso e indispensável para o ser humano além de também funcionar como um importante instrumento de controle social, já que ajuda a fixar as famílias no campo. Fato que pode ser observado ao longo do sistema de adutoras, onde a cada dia vão surgindo novas comunidades rurais.  “Por isso,  é imprescindível ter um controle qualitativo para sabermos se as águas de determinado reservatório estão em situação de uso”, disse.

Ao todo serão visitados 16 reservatórios da região do Alto Oeste. Somente neste semestre, o IGARN verificou a qualidade da água de quatro bacias hidrográficas do Estado (Piranhas-Açu, Trairi, Jacu e Potengi) e constatou que a qualidade das águas dessas bacias varia entre boa e ótima, sendo que o percentual de ótima qualidade é superior ao de boa, não registrando índices abaixo dessas verificações, nem a água do município de Lucrécia, que há alguns meses apresentou uma grande incidência de metais pesados, foi reprovada. 

O IGARN utiliza o padrão de análise de água recomendado pela Organização Mundial da Saúde – OMS, ou seja, a qualidade das águas do Estado é medida através do IQA (Índice de Qualidade das Águas) que leva em consideração nove parâmetros: temperatura da água, oxigênio dissolvido, coliformes fecais, pH, nitrato, fosfato total, DBO (demanda bioquímica de oxigênio), turbidez e sólidos totais. E com o apoio de um laboratório móvel, essa análise está mais operacional e econômica, já que seis dos parâmetros citados são medidos no próprio local e os demais são analisados em laboratórios terceirizados.

Com relação à capacidade dos reservatórios, Solange Dias de Medeiros, técnica da Secretaria Estadual de Recursos Hídricos (SERHID), observou que apesar das quadras chuvosas terem ficado entre normal e abaixo do normal, a maioria dos reservatórios com capacidade superior a 5.000.000 metros cúbicos, aumentou a capacidade de armazenamento se comparado com o mesmo período do ano passado.

Para se ter uma idéia, a barragem Armando Ribeiros Gonçalves que em outubro de 2005 registrava 73% de armazenamento, alcançou 89% no mês passado, ou seja, o reservatório suporta uma estiagem de 35 meses garantindo o abastecimento até setembro de 2009. Se os dados forem ampliados para a totalidade da bacia Apodi/Mossoró, observa-se que em 2005 a capacidade estava em 62% e este ano encontra-se em 74% de armazenamento. No Estado, a capacidade volumétrica atual é de 78,64%.

Segundo Maria Geny, do IGARN, os reservatórios estão com a capacidade dentro da estimativa e com relação à falta de água, os problemas concentram-se no Alto-Oeste, Seridó e parte do Agreste. Nesta ultima região, os municípios que mais sofrem são Várzea, Santo Antônio, Passagem e Espírito Santo. As demais áreas que não têm problemas com abastecimento são beneficiadas pelas adutoras. “Estamos estudando como solucionar esses problemas do Agreste. Já no Alto-Oeste, o governo está providenciando um sistema de adutoras. Mas no todo, uma solução seria a transposição do São Francisco que além de melhorar as reservas daria segurança hídrica para garantir o desenvolvimento através da irrigação do campo, pois o manancial que temos hoje garante apenas o abastecimento humano”, disse Maria Geny.

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