A derrota para o Ceará, pela Copa do Brasil, foi histórica para o Internacional, pois quebrou um longo tabu que o clube gaúcho possuía na competição nacional: há 15 anos o Colorado não perdia um jogo como mandante pelo torneio. A última derrota havia sido no dia 2 de junho de 1999: 4 a 0 para o Juventude, pelas semifinais da copa, que seria vencido pelo próprio clube de Caxias do Sul.
Ao todo, foram 26 jogos neste período, com 21 vitórias e cinco empates. Em 2009, quando disputou a final com o Corinthians, o Inter chegou a estar perdendo por 2 a 0 em casa, mas chegou ao empate de 2 a 2. No ano passado, o tabu esteve prestes a ser quebrado, mas Otávio marcou e deu ao Colorado um empate em 1 a 1 com o Atlético-PR, pelas quartas de final. A equipe chegou a ser eliminada em casa nas edições de 2001, 2002, 2003 e 2009, mas derrota, mesmo, só a desta quarta.
Não há desculpas: o técnico Abel Braga admite que o Internacional ficou devendo, e bastante, na derrota por 2 a 1 para o Ceará. O resultado complica a vida colorada na Copa do Brasil: para chegar às oitavas, só vencendo o jogo de volta, em Fortaleza, por dois gols de diferença – ou por vitória simples superior a 3 a 2.
“Foi justo. Tivemos um primeiro tempo horroroso, ajustamos no segundo, mas logo demos um gol ao adversário. Eu já estava rezando para o jogo acabar, mas saiu o gol de empate, só que aí levamos outro na saída de bola. Isso é imperdoável. Às vezes, dar um bico para o lado é categoria. Temos que ter humildade para dar chutão”, criticou o treinador colorado.
Ainda assim, Abelão evitou pessoalizar as críticas. Para ele, o conjunto todo não funcionou, e nem os desfalques servem de atenuante: “cometemos erros bobos, tentamos marcar alto, mas não deu, tanto que eu desisti. Do jeito que foi hoje, ninguém ia conseguir se sobressair. O Aránguiz não ia resolver sozinho”, disse o técnico do Internacional.
