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Invasões: MST dita normas

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João Lyra Neto – Colaborador

Até agora não tem passado de mera ação especulativa, as decisões do Governo em promover a reforma no País. Quando Collor assumiu o Governo, a impressão que se tinha era a de que o problema da terra seria, amplamente, solucionado em face dos compromissos que ele assumiu, como candidato, o país precisava sair do marasmo e da estagnação em que se encontrava, em decorrência da falta de execução dos planos governamentais em favor do campo. O agricultor sem dúvida, vivia numa situação de miséria total e o Governo não tinha como melhorar a produção agrícola. A ação do Governo se restringia, única e exclusivamente, ao apoio do Banco do Brasil, órgão que utilizava o crédito agrícola.

Os bancos oficiais só ajudam quem tem grandes, médias e pequenas propriedades rurais ou quem dispõe de alguma propriedade explorando uma pequena agricultura, criando gado ou outras espécies de animais de reprodução garantida. Isso porque, o criador, ou o proprietário rural, tinha que dar alguma garantia ao Banco, para poder tirar o dinheiro que o Governo tem reservado para isso. Caso contrário, tem que abandonar a terra por não ter condições suficientes para explorá-la. A reforma agrária, como anteriormente se fazia, com um trabalho bem concatenado de desapropriação e assentamento de colonos, poderia dar bons resultados. A questão era colocar a coisa no seu devido lugar, usando a tecnologia que o INCRA tem para isso. O acervo do INCRA é grande e dispõe de fichário de todo o País, contendo o número de propriedades exploradas ou não.

O mal que tomou conta da terra não é de agora. O INCRA criado no Governo Médice, foi uma das melhores soluções para a execução dos planos de colonização e reforma agrária no País. O presidente foi pródigo nessa matéria e queria ver resolvidas as questões relativas a distribuição de terras. O MST, por causa da fraca e inexpressiva ação do Governo, tomou as rédeas do problema, dando início a uma violenta marcha pela país inteiro, colocando o INCRA para trás, pela falta de soluções definidas do problema. Aí estão milhares de agricultores invadindo propriedades, destruindo plantações, sem dar a menor bola para o INCRA e o próprio Governo. O presidente Lula vê tudo isso e se cala, fazendo “ouvido de mercador”, para essa política que destroi plantações, casas, gados e tantas outras coisas de propriedade das Usinas.

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