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Investimentos da Petrobras devem cair 10%

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A Petrobras divulgou nesta quinta-feira, 27, seu Plano Estratégico 2020-2024, o primeiro do governo Jair Bolsonaro, com previsão de investimentos (capex) de US$ 75,7 bilhões no quinquênio. O valor previsto é 10% menor que os US$ 84,1 bilhões para o período de cinco anos no plano anterior, divulgado no fim do ano passado. De acordo com a empresa, da carteira de investimentos 85% serão concentrados no segmento de Exploração e Produção. 
Petrobras não detalhou em quais Estados brasileiros ocorrerão queda nos investimentos até 2024
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A companhia diz que essa alocação está de acordo com o posicionamento estratégico, com foco nos ativos de E&P, especialmente no pré-sal, nos quais a Petrobras tem vantagem competitiva e geram mais retorno para os investimentos. Os desinvestimentos previstos no plano variam entre US$ 20 bilhões e US$ 30 bilhões para o período 2020-2024, com maior concentração nos anos de 2020 e 2021.
O plano foi aprovado na quarta-feira, 27, pelo conselho de administração da companhia. Em comunicado ao mercado, a petroleira afirma que o plano está consistente com seus cinco pilares estratégicos: maximização do retorno sobre o capital empregado; redução do custo de capital; busca incessante por custos baixos; meritocracia; respeito às pessoas, meio ambiente e segurança.
Em seu Plano Estratégico 2020-2024, a Petrobras reafirma que continua perseguindo a desalavancagem através da geração de caixa e dos desinvestimentos. A companhia manteve a meta de atingir alavancagem – ou seja, a relação dívida líquida sobre Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) – de 1,5 vez ainda em 2020 e fala em potencial aumento da remuneração aos acionistas. 
“Em 2021 planejamos atingir US$ 60 bilhões de dívida bruta o que aumentará a remuneração aos acionistas em linha com a nova política de dividendos já anunciada”, diz o documento. A partir de 2021 a dívida deverá se manter nesse patamar ao longo do quinquênio.
A estatal inclui entre as métricas do plano a de ter um indicador de dívida líquida/Ebitda ajustado abaixo de 1,5 vez da meta de 2020.
A Petrobras considera como premissa para o plano um cenário de resiliência, que é utilizado como preço de breakeven mínimo de projetos, preços de petróleo mais reduzidos, no valor de US$ 50 por barril para os próximos cinco anos e de US$ 45 o barril no longo prazo. A empresa se compromete a aplicar uma “governança criteriosa” para a seleção e priorização de projetos.
No comunicado ao mercado sobre o plano estratégico, a Petrobras fala em “expressiva geração operacional de caixa” decorrente da maior eficiência projetada, do controle de gastos e dos recursos financeiros em função da gestão ativa de portfólio.
“Isso permitirá uma redução gradativa da dívida bruta, com consequente diminuição das despesas com juros e aumento nos valores estimados de distribuição de dividendos, através da nova Política de Dividendos da companhia, gerando uma maior remuneração para os acionistas”, reforça.
Adicionalmente, a companhia diz que ao antecipar fluxo de caixa operacional via desinvestimentos de ativos realizará seus investimentos, reduzindo seu endividamento, sem necessidade de novas captações líquidas no horizonte do Plano Estratégico.
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