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IR não vai sofrer correção

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SITUAÇÃO - Pinheiro diz que correção poderá vir em outro momentoBrasília – A correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física  (IRPF) está fora, por enquanto, do pacote de medidas de corte de tributos em  estudo pela equipe econômica. O secretário-adjunto da Receita Federal Ricardo  Pinheiro informou ontem que não houve demanda do ministro da Fazenda, Guido Mantega,  para um novo ajuste na tabela do IRPF. Na avaliação de Pinheiro, a reivindicação  de correção é um clamor de “privilegiados egoístas”.

Os  brasileiros que pagam  IRPF e seriam beneficiados pela medida representam 7% da população economicamente  ativa. A correção da tabela foi prometida pelo presidente Luiz Inácio Lula da  Silva durante a campanha eleitoral. “Sim, mas ele (Lula) falou revisar em quanto e quando?” disse o secretário sobre  a promessa do presidente Lula, feita no segundo turno da campanha. O secretário  admitiu que a tabela pode ser corrigida em algum momento do segundo mandato.  “É uma proposta séria. Dentro do mandato, (a tabela) pode ser revista. Outra  coisa é querer repor todo ano”, disse Pinheiro. Acrescentou que nenhum país  do mundo faz correções anuais da tabela. “É a paranóia das viúvas da indexação,  que querem atualização todo ano, juntamente com o egoísmo de uma meia dúzia  que quer um proveito pífio individual”, atacou o secretário-adjunto. “A economia  está desindexada, mas a cabeça de  algumas pessoas, ainda não”, criticou.

Pinheiro lembrou que o governo Lula já promoveu três ajustes na tabela: R$ 100,00  na base de cálculo, em 2004,  e correções lineares de 10%, em 2005, e 8%, em  2006. No governo Fernando Henrique Cardoso, a tabela foi corrigida em 17,5%,  em 2002. Pelos cálculos da Receita, uma nova correção em torno de 10% custaria cerca  de R$ 3 bilhões. A Receita avalia que isso é renúncia fiscal muito grande para  beneficiar poucos brasileiros. Para justificar a não correção da tabela, o secretário  enfatizou a necessidade de discutir o gasto público.

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