sábado, 20 de abril, 2024
24.1 C
Natal
sábado, 20 de abril, 2024

Israel convoca 30 mil reservistas

- Publicidade -

TROPAS - Governo israelense resolveu continuar atacando pelo ar

Beirute e Jerusalém – Um dia depois de ter perdido nove soldados  em confrontos com o grupo xiita Hezbollah, no sul libanês, o governo israelense  decidiu ontem não ampliar sua ofensiva militar terrestre no Líbano. A opção foi  por continuar com ataques aéreos em amplas áreas e incursões limitadas por terra,  perto da fronteira, onde o Exército pretende criar uma zona de segurança de  2 quilômetros de extensão para impedir que o Hezbollah continue disparando foguetes  contra cidades do norte israelense. 

O gabinete resolveu, porém, convocar três batalhões de tropas de reserva para  treinamento. Segundo o comandante-chefe do Exército, Dan Halutz, serão 15 mil  soldados, mas há estimativas de que seriam 30.000. “Não precisamos dessas tropas  para atacar, mas para serem treinadas. Nós precisamos estar prontos para o caso  de algo acontecer na Síria ou outro lugar”, justificou um funcionário do governo.  A chamada de três batalhões sugere que Israel se prepara para a possibilidade  de um conflito prolongado. A última convocação de um número tão grande de reservistas foi em 2002, durante  o pico da intifada (levante palestino contra a ocupação israelense). O conflito – iniciado há 17 dias, quando combatentes do Hezbollah  invadiram  Israel e capturaram dois soldados – continuou intenso ontem. Soldados israelenses e guerrilheiros voltaram a entrar em confronto na cidade  libanesa de Bint Jbail, a 2 quilômetros da fronteira, que na quarta-feira foi  palco da batalha mais acirrada até agora. Não há informações sobre baixas.

Na  quarta-feira, o saldo foi de nove militares israelenses mortos. O Hezbollah  não informou suas baixas, que foram grandes.  Até agora as operações terrestres do Exército israelense se limitaram à região  de Bint Jbail e ao vilarejo de Mroun al-Ras, que fica a 500 metros da fronteira.   A aviação israelense bombardeou ontem várias partes do Líbano, atingindo estradas,  e edifícios no sul e leste do país, regiões habitadas predominantemente pela  comunidade xiita. O Hezbollah disparou pelo menos 110 foguetes, causando ferimentos  em quatro israelenses.  Em Beirute, o ministro da Saúde, Mohammad Khalifeh, divulgou um novo balanço  das vítimas da guerra.

Londres protesta contra transporte de armas

A secretária de Relações Exteriores da Grã-Bretanha,  Margaret Beckett, protestou junto aos EUA sobre o uso de um aeroporto na Escócia  no transporte de bombas para Israel, segundo informações do site da BBC, citada  pela agência Dow Jones. Em meio a crise no Líbano, Beckett disse que parece  que os EUA não estão seguindo os procedimentos certos sobre o transporte aéreo  de armas.

A secretária britânica disse que “não estava feliz” e que falou diretamente  com a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, sobre a questão. O partido  de oposição, Liberal Democrata, disse que informes de bombas no aeroporto Prestwick  sugere que os EUA estão usando o Reino Unido como escala.  Beckett foi questionada sobre a polêmica depois de discutir a crise do Oriente  Médio com outros ministros de Relações Exteriores em Roma, na Itália.

Vôos trazem 375 brasileiros

São Paulo – Mais dois vôos trazendo 375 brasileiros que estavam no Líbano chegaram ontem ao Brasil. Um total de 1.379 brasileiros já deixaram o Líbano -1.134 por meio das operações de resgate organizadas pelo governo brasileiro, e o restante por meios próprios. O primeiro avião, pertencente à FAB (Força Aérea Brasileira), pousou às 6h no aeroporto do Recife com 150 brasileiros, e seguiu para São Paulo.

O segundo avião, da empresa aérea TAM, trouxe 225 brasileiros e aterrissou em Natal, de onde também seguiu para o aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo.

Outros vôos da FAB já haviam trazido 475 pessoas ao Brasil e novos vôos partindo de Adana, na Turquia, estão programados para chegar ontem à noite trazendo (80 lugares) amanhã (150 lugares). Um segundo vôo organizado pela TAM, com o apoio da Gol, trará outras 220 pessoas de Damasco (Síria) para o Brasil. As companhias aéreas tentam organizar ainda um terceiro vôo partindo de Damasco para o Brasil, mas não há uma confirmação de data.

Segundo o coordenador do grupo de trabalho de apoio aos brasileiros no Líbano, embaixador Everton Vieira Vargas, cerca de 296 brasileiros ainda deverão ser resgatados de Beirute, no Líbano, nos próximos dias.

O brasileiro Youssef Orra chegou em São Paulo  com a família, vindo do Líbano. “Foi uma viagem judiada”, recordou-se. Ele era  um dos 150 passageiros – 148 brasileiros e 2 libaneses residentes no País –  do avião da Força Aérea Brasileira (FAB). Outros 260 brasileiros chegaram em  um vôo da TAM e desembarcaram no aeroporto de Guarulhos.

- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas