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Itália é tetracampeã ao bater a França nos pênaltis

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É TETRA! -

Atualizada às 18h16

BERLIM, 09 (AE) – O futebol tem um novo campeão mundial. Neste domingo, a Itália  conquistou seu quarto título da Copa do Mundo ao vencer a França nos pênaltis  por 5 a 3 (após empate por 1 a 1 no tempo normal e na prorrogação) em Berlim,  na Alemanha, na grande final da 18.ª edição do torneio. Foi uma conquista difícil,  com raça – bem ao espírito da "Azzurra" -, contra um time muito mais forte tecnicamente,  e garantida após 120 minutos de bola rolando e mais a emoção de uma disputa  de penalidades. 

A vitória eleva a tradicional seleção da Europa ao posto de segundo maior vencedor  da competição – ficando atrás somente do Brasil, que tem cinco títulos – e não  deixa de ser uma surpresa para todos que arriscaram um prognóstico antes da  competição, já que o time brasileiro era colocado na decisão por todos e decepcionou  por ter sido eliminado nas quartas-de-final. 

Com este título os italianos voltam a comemorar após 24 anos. A vitória anterior  havia sido em 1982, e fazem ressurgir o status de uma geração de campeões atuando  em seu país. A geração anterior – de Baggio, Pagliuca e companhia – havia sido  vice em 1994. Agora, é a vez de Buffon, Totti, Zambrotta, Pirlo, Nesta, Cannavaro  e companhia. E mais uma vez um técnico criticado agora sai aplaudido pela conquista:  Marcello Lippi. 

Jogo amarrado termina empatado

Logo aos 5 minutos, Malouda caiu na área após toque de Materazzi. Horácio Elizondo  marcou o pênalti que Zidane cobrou com tranqüilidade, dois minutos depois. A  bola nem balançou a rede, pois bateu no travessão e tocou no chão, dentro do  gol (cerca de 35 cm além da linha). O auxiliar Rodolfo Otero correu para o meio-campo  e confirmou a vantagem francesa no placar, por 1 a 0.  O time francês ainda tinha mais força no jogo e continuava passando a impressão  de domínio.

Aos poucos os italianos foram conseguindo atacar e o empate saiu,  em jogada de bola parada, aos 19 minutos. O gol foi de Materazzi, de cabeça,  na cobrança de escanteio de Pirlo. Ele subiu mais alto e antes que Vieira, que  estava lhe marcando. Os dois, coincidentemente, tem 1,93 m de altura, mas quem  vê o lance tem a impressão de que o italiano é muito mais alto.  

Depois disso o jogo ficou equilibrado. A Itália ainda conseguiu outras chances  nas bolas cruzadas, como aos 35 minutos, quando Toni, também de cabeça e novamente  em cima de Vieira, acertou o travessão.  No segundo tempo a França voltou muito melhor, atacando e com domínio de bola,  em jogadas com Henry, Malouda, Diarra e Zidane. Os franceses tiveram até um  pênalti não marcado. A Itália, com as entradas de De Rossi e Iaquinta, fez o  possível para fechar o meio. E conseguiu, já que a partida terminou empatada  por 1 a 1 no tempo normal e foi para a prorrogação. 

Nos 30 minutos finais a França continuou em cima e levando perigo – como no  chute de Ribéry aos 9 minutos do primeiro tempo – e chegou perto numa cabeçada  de Zidane, aos 13 minutos. E Buffon fez uma bela defesa. No começo do segundo  tempo (aos 4 minutos), Zidane terminou sua participação em Copas (e a carreira)  com uma expulsão, após ter discutido com Materazzi e acertado uma cabeçada no  peito do zagueiro italiano. Um fato lamentável. 

Com o empate por 1 a 1 ao fim dos 30 minutos, a decisão, pela segunda vez na  história do torneio, foi para os pênaltis (a anterior havia sido em 1994). O  erro de Trezeguet e o gol do lateral Grosso garantiram a vitória nos pênaltis  por 5 a 3 e a conquista nos pênaltis. 

Ficha técnica:

Itália:  Buffon; Zambrotta, Materazzi, Cannavaro e Grosso; Camoranesi (Del  Piero), Gattuso, Perrotta (Iaquinta) e Pirlo; Totti (De Rossi) e Luca Toni.  Técnico: Marcello Lippi.
França: Barthez; Sagnol, Thuram, Gallas e Abidal; Vieira (Diarra), Makelele,  Zidane, Ribéry (Trezeguet) e Malouda; Henry (Wiltord). Técnico: Raymond  Domenech. 
Gols:  Zidane, de pênalti, aos 7, e Materazzi, aos 19, minutos do primeiro  tempo. Pênaltis -Pirlo, Materazzi, De Rossi, Del Piero e Grosso (Itália), Abidal,  Wiltord, Sagnol (França) marcaram. Trezeguet (França) errou.
Árbitro: Horácio Elizondo (ARG).
Cartão amarelo: Zambrotta, Sagnol, Diarra e Malouda.
Cartão vermelho:  Zidane.
Público: 66 mil espectadores.
Local:  Estádio Olímpico, em Berlim (Alemanha). 

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