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Itamaraty diz que governo de Maduro representa o ‘crime organizado’ na Venezuela

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Em nota divulgada na noite desta quinta-feira, 17, o
ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, destacou que o Brasil
poderá apoiar um governo interino na Venezuela liderado pelo deputado
Juan Guaidó e atacou o atual presidente Nicolás Maduro, no poder desde
2013. “O sistema chefiado por Nicolás Maduro constitui um mecanismo de
crime organizado. Está baseado na corrupção generalizada, no
narcotráfico, no tráfico de pessoas, na lavagem de dinheiro e no
terrorismo”, ressaltou o comunicado.

A medida de legitimar um governo de Guaidó foi discutida pelo chanceler
em encontros com opositores venezuelanos e representantes da Organização
dos Estados Americanos (OEA), do Grupo de Lima e dos Estados Unidos. “A
reunião teve por objetivo analisar a situação na Venezuela decorrente
da ilegitimidade do exercício da presidência por Nicolás Maduro e da
manifestação do presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, de sua
disposição de assumir a Presidência da Venezuela interinamente, seguindo
a Constituição venezuelana”, ressaltou o comunicado. “Teve igualmente
por objetivo discutir ideias de ação concreta para restabelecer a
democracia na Venezuela.”

No comunicado, o chanceler destacou o apoio do governo brasileiro à
oposição de Maduro. “O Brasil tudo fará para ajudar o povo venezuelano a
voltar a viver em liberdade e superar a catástrofe humanitária que hoje
atravessa”, ressaltou.

Ernesto Araújo ressaltou, por meio da nota, que há um “genocídio
silencioso” na Venezuela e, segundo opositores, 300 mil pessoas correm
risco de morrer de fome no país. “Mais de 11.000 recém-nascidos perdem a
vida anualmente por falta de atendimento primário pós-natal. O déficit
de medicamentos é de 85%”, destacou.

Ainda no comunicado, o chanceler disse que a posição do governo
brasileiro e do presidente Jair Bolsonaro no movimento contra Maduro é
reconhecida por lideranças da Venezuela. O papel-chave do Brasil, sob
liderança de Bolsonaro, na mudança do cenário venezuelano, onde pela
primeira vez em muitos anos, ressurge a esperança da democracia, foi
reconhecido por todos os líderes venezuelanos.”

Um dos participantes da reunião, o ex-prefeito de Caracas Antonio
Ledezma pediu que o Brasil reconhecesse um possível governo de Guaidó.
“Que se reconheça não apenas a Assembleia Nacional e o Tribunal SUPREMO
de Justiça em exílio como entidades legítimas, mas aceitem também Juan
Guaidó como presidente constitucional da Venezuela.”


Estadão Conteúdo

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