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Itu será abastecida por carro-pipa

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São Paulo(AE) – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), autorizou a Defesa Civil do Estado a contratar de forma emergencial 20 caminhões-pipa para distribuição de água à população de Itu, informou o governo do Estado. O contrato emergencial, no valor de R$ 2 milhões, tem duração de 30 dias e, segundo o governo, poderá prorrogado se houver necessidade. A decisão foi tomada ontem, após reunião entre secretário da Casa Militar e coordenador Estadual de Defesa Civil, coronel José Roberto de Oliveira, e o prefeito de Itu, Antonio Tuíze (PSD).
Geraldo Alckmin anuncia após reunião com prefeito de Itu e pessoal da defesa civil de São Paulo
Embora o abastecimento de água seja atribuição municipal, e no caso de Itu esteja sob responsabilidade de uma empresa privada, a Concessionária Águas de Itu, o governo paulista diz que é atribuição da Defesa Civil atuar nesse tipo de situação para atender a população da cidade.

A Defesa Civil também comprou sete caixas flexíveis que serão espalhadas pela cidade, que tem hoje 165 mil habitantes, segundo o IBGE. As caixas funcionarão como postos de distribuição de água. Além disso, o governo informou que a Sabesp também enviou um engenheiro da empresa para dar consultoria aos técnicos da empresa privada responsável pelo abastecimento na cidade.

Itu vem enfrentando um grave desabastecimento de água desde fevereiro, quando foi decretado racionamento na cidade. A situação crítica de falta d’água tem motivado protestos, muitos deles violentos.

A crise hídrica também se tornou tema de campanha eleitoral, com a atual presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) destacando, em programas de rádio e televisão, a falta de água sem precedentes em São Paulo. Segundo a campanha petista, o problema seria resultado da falta de planejamento e gestão dos governos tucanos. Analistas políticos sugerem que a recuperação da candidata no Sudeste nos últimos dias, apontada por pesquisas de intenção de voto, poderia estar relacionada ao tema.

Caixa dágua
A compra da segunda caixa d’água é uma medida cada vez mais adotada por moradores de São Paulo para evitar um possível desabastecimento durante a crise hídrica. A busca tem crescido até 70 % nos últimos meses em relação a igual período do ano passado, de acordo com lojas consultadas pela reportagem.

O vendedor Walter Rizzo, de 66 anos, foi ontem a uma loja com a mulher, a cabeleireira Rita Ione Silveira, de 62 anos, para escolher um novo modelo. “Estou pensando em comprar em uma semana. Não é uma preocupação de ter uma caixa maior para gastar mais, é para se prevenir”, disse Rizzo.

Coordenador na Telhanorte, Cícero Carvalho contou que houve um aumento de 74% nas vendas entre janeiro e outubro deste ano, em relação ao ano passado. O balanço foi consolidado na quarta-feira (22). “Tivemos um aumento acima do esperado desde o começo do ano.”

Na Leroy Merlin, o aumento no mesmo período foi de 70%. “Tem cliente comprando até sete caixas”, diz Flávio Dionisio, gerente nacional de produtos da empresa. Segundo o diretor do grupo Fortlev, que fabrica caixas d’água, Evandro Sant’anna, houve aumento de 50% na produção entre setembro e outubro deste ano, ante 2013. “Tivemos um aumento na contratação de 5% a 6% de funcionários “, afirmou.

Morador da Brasilândia, na zona norte, o líder comunitário Henrique Deloste, de 48 anos, comprou uma caixa de segunda mão há um mês. “Pretendo comprar mais uma de mil litros.”

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