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Janot na mira do Congresso

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Lydia Medeiros

Prepara-se no Congresso Nacional um pedido formal ao Judiciário para indiciar o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot. A justificativa será a sua atuação no escândalo do grupo JBS. O ex-procurador Marcello Miller trabalhava na Procuradoria-Geral da República, à época do acordo com os donos da JBS. Ele foi denunciado com Joesley Batista nesta semana. A acusação é de corrupção. Alguns parlamentares defendem que Janot tenha o mesmo tratamento, com base na teoria do domínio do fato: se era o chefe da PGR, sabia das ações do subordinado, dizem. No Congresso Nacional, porém, prevê-se que novas iniciativas em relação à Lava Jato só devem ser tomadas depois das eleições. Há uma avaliação na cúpula do Legislativo de que a tarefa de “enquadrar” a Lava Jato, hoje, está sendo realizada pelo Supremo Tribunal Federal. Nas últimas semanas, o STF tomou decisões que podem mudar o rumo da Lava Jato, entre elas a proibição da condução coercitiva. Ontem, o tribunal mandou soltar o ex-ministro José Dirceu, dando-lhe o direito de recorrer em liberdade da condenação em segunda instância. É esse entendimento judicial que mantém na cadeia o preso mais ilustre do país, Lula.

Maioria móvel
O PT recebeu a notícia da libertação de José Dirceu com alegria, mas com temor pelo futuro. A vitória na 2ª Turma do STF deve encerrar a série de decisões que beneficiaram o partido, como a absolvição de Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo no colegiado. Com a troca de cadeiras entre os ministros Cármen Lúcia (foto) e Dias Toffoli, que assume o comando da Casa em setembro e será substituído na turma pela atual presidente, a maioria de três dos cinco componentes que deu duas vitórias aos petistas deve virar. Toffoli puxou a divergência em favor da soltura de Dirceu e da absolvição de Gleisi. Para os petistas, Cármen Lúcia já deu sinais de que vai seguir a linha oposta, com Edson Fachin e Celso de Mello.

Morde e assopra
De passagem por Brasília, o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, tentou convencer Michel Temer a “agir com mais firmeza” em relação à Venezuela. Não foi explícito em relação a que tipo de ação conjunta do Brasil e dos países sul-americanos a Casa Branca gostaria de apoiar para derrubar o governo Maduro. Mas insistiu na disposição dos EUA de ampliar sanções econômicas. Diante da reafirmação da postura unilateral, Temer, que tem preferido a cautela, em sintonia com argentino Mauricio Macri, demarcou a convergência de interesses sobre “a urgência de restabelecer-se a plena normalidade democrática”. Deixou para o chanceler Aloysio Nunes a verbalização do veto do Brasil: “Somos contra qualquer iniciativa unilateral”.

Minha cidade, minhas regras
O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, não vai receber hoje o vice-presidente americano, Mike Pence, na cidade. Ele culpou as regras rígidas do cerimonial. “O vice-presidente Mike Pence vem a Manaus. Passa duas horas na cidade, e traz a mulher dele. Mas fui informado que, para me encontrar com ele, terei que esperá-lo uma hora antes do desembarque da comitiva, e não posso levar minha mulher. Por conta disso, não vou ao encontro. Ficamos no zero a zero, e isso não afeta nem a mim nem a ele”, explicou Virgílio, diplomata de carreira.

Movimento de ocupação
O comando do MDB decidiu dar fôlego à candidatura de Henrique Meirelles. O ex-ministro vai ampliar a presença nas redes e rádios, além de rodar o país. O plano é avaliar a viabilidade de Meirelles no final de julho. Se demonstrar tendência de crescimento, ainda que sem qualquer chance de vitória, vai até o fim. Para um dirigente do MDB, Meirelles só não pode “pesar no palanque”.

Dançando um frevo
Ciro Gomes fez nova investida sobre o PSB. Esteve ontem em Pernambuco, onde conversou com o governador Paulo Câmara e jantou com Renata, viúva do ex-governador Eduardo Campos. A ambos, falou da inviabilidade da candidatura de Lula, de seu potencial no Nordeste, das afinidades entre PDT e PSB, e acenou com a vaga de vice na chapa. O PSB local, porém, tende a aliar-se ao PT. Quer herdar os votos de Lula (60% no estado) e retirar do páreo a candidatura da vereadora petista Marília Arraes, que aparece empatada em pesquisas com Câmara.

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