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Jejum: um ato de entrega

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Tádzio França
Repórter

A prática do jejum exige entrega, seja qual for a motivação. Para os religiosos, é uma abstinência sazonal que  demonstra  arrependimento e disciplina espiritual. Para adeptos de dietas e alimentação saudável, é prática que limpa o organismo. As causas variam, mas convergem para os mesmos objetivos: limpeza e equilíbrio. No momento em que projetos saudáveis andam em alta, e religiosidades se alternam, o jejum  surge como uma atitude plena de objetivos e significados.

Experiência

O terapeuta e pesquisador Daniel Rocha viveu o jejum em seu limite: 37 dias sem comer, à base de água. Ele é adepto há cinco anos da alimentação alcalina, ou seja, consome apenas grãos germinados e vegetais crus com PH alto (níveis elevados de água e oxigênio). Daniel já pratica o jejum regularmente há quatro anos, sempre variando entre sete e 22 dias. O objetivo desse último era chegar aos 40 dias.
Adepto da alimentação alcalina, terapeuta e pesquisador Daniel Rocha viveu o jejum em seu limite: 37 dias sem comer, à base de água
#SAIBAMAIS#“Apesar de não ter completado o período, o resultado foi satisfatório para o que eu queria para o meu corpo: a desintoxicação alimentar geral”, afirma. Daniel explica que o jejum prolongado, ao parar o processo digestivo habitual, promove a desintoxicação e regenera o corpo em vários níveis. “Claro, só posso fazer esse tipo de experiência porque já tenho toda uma preparação anterior. Não é algo que se faz de uma hora para outra”, ressalta.

O processo do longo jejum também foi registrado em vídeo para alimentar o canal do Youtube ‘Alkaline Man’, de onde Daniel relata suas experiências cotidianas de reeducação alimentar saudável. Tudo é gravado em sua propriedade no Pium, um espaço verde, frondoso e tranquilo em que ele mora há dois anos. O canal de vídeos na internet tem mais de 20 mil inscritos.

Daniel usa o próprio corpo como objeto das experiências alimentares saudáveis que se transformam em vídeos para o Alkaline Man. Durante esse jejum perdeu 18 quilos, e desde que terminou (no último dia 30 de março), já recuperou 10, apenas se nutrindo com vegetais crus fermentados (pepinos, picles, etc.). “O jejum foi um processo de desintoxicação alimentar extremo pra mim, pois combate vermes, fungos e parasitas que circulam por nós. Eu me sinto regenerado”, diz.

#SAIBAMAIS#A alimentação vegana, alcalina, orgânica e crua mudou a vida de Daniel em vários níveis. Ele já pesou 147 quilos. Também era diabético (tipo 2), hipertenso e sofria de inflamação crônica na próstata. Resolveu mudar drasticamente os hábitos alimentares, e os resultados foram os melhores possíveis: emagreceu e se livrou todas as inflamações. Ao pesquisar sobre o assunto na internet, viu que só havia material em inglês. Surgiu daí o canal de vídeos para difundir informação em português.

O ex-professor de inglês trocou as salas de aula pelos vídeos em que ensina alternativas de alimentação saudável, e denuncia especialmente as neurotoxinas alimentares – os açúcares, amidos, e realçadores de sabor. “O glutamato monossódico é um dos maiores vilões da boa alimentação. Ele é usado para realçar sabores e está em 100% da comida industrializada”, alerta.  Daniel também presta consultoria para profissionais de saúde, e regularmente promove turmas de desintoxicação alimentar.

“A alimentação que a maioria das pessoas pratica hoje em dia rouba energia em vez de dar. Optar pelo caminho inverso é passar a consumir os alimentos que possuem os maiores valores nutricionais, os verdes. Hortaliças, frutas, brotos e grãos germinados. Com eles posso fazer pizzas, pães, vitaminas, leites vegetais. Não sinto falta de nada”, afirma. O jejum entra como uma alternativa eventual para desintoxicar o organismo e renovar o processo.

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