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Jon Secada segue com o baile pop

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Yuno Silva
Repórter

Juan Francisco Secada Martinez nasceu em Cuba, e aos nove anos mudou com a família para os Estados Unidos – onde despertou para a música. Aos 30 anos, já conhecido como Jon Secada, viu sua carreira decolar no início da década de 1990 na esteira de uma mistura até então tímida e pouco conhecida do grande público, que unia o ‘show business’ mega produzido do pop norte-americano com o tempero ‘caliente’ e espontâneo da música latina. O sucesso foi instantâneo, e Jon passou a ser considerado um dos primeiros artistas latinos a conquistar fama internacional.

Contemplando a paisagem da Costeira em sua primeira visita a Natal, Jon Secada relembra sua trajetória e diz que o mercado mudou, mas o artista deve acompanhar


Contemplando a paisagem da Costeira em sua primeira visita a Natal,
Jon Secada relembra sua trajetória e diz que o mercado mudou, mas o
artista deve acompanhar

É uma parte dessa história que o cantor e compositor norte-americano de origem cubana quer contar para o público de Natal na próxima sexta-feira (29), às 21h, durante show no Teatro Riachuelo. Durante entrevista concedida ao VIVER, Jon assegurou que fará um passeio, “uma retrospectiva completa” de toda a carreira que alterna romantismo pop, latinidades e pitadas de rhythm and blues (r&b) – ora em inglês, ora em espanhol.

“Vou me apresentar com banda completa, sempre com muita energia!”, garantiu Secada em um portunhol perfeitamente entendível. “De todos os países onde me apresento, é aqui no Brasil onde a paixão dos fãs é mais forte. Vamos tocar os principais sucessos, canções bastante famosas e outras menos conhecidas. É isso que meus fãs querem ouvir”, destacou. Ainda integram o repertório músicas de outros compositores que influenciaram sua trajetória.

Jon Secada, na verdade, faz parte da segunda geração de artistas latinos que conquistaram o público na terra do Tio Sam, mas foi ele o primeiro a escancarar a porta para que outros pudessem entrar: e lá se vão 27 anos desde o lançamento do primeiro álbum, que emplacou hits como “Just another day” e “Angel” – músicas que logo nos primeiros acordes reanimam a memória sonora de quem já está na faixa dos 40 anos.

“Esse movimento foi inciado pouco antes, por nomes como Gloria Estefan, José Feliciano, Julio Iglesias, e tantos outros que elevaram a importância da música latina no contexto do mercado fonográfico mundial”, lembrou o artista, que coleciona em quase três décadas de carreira 20 milhões de álbuns vendidos, dois Grammy Awards e diversos papéis protagonistas da Broadway.

Essa é a primeira vez que Jon Secada se apresenta na região Nordeste do Brasil. “Cada vez que venho conheço um lugar diferente – o Brasil é um País lindo! Minha conexão é crescente, estou muito feliz de estar aqui em Natal”.

Ele disse que o público dos Estados Unidos não faz ideia “da diversidade de estilos da música produzida no Brasil, nem conhece muitos artistas talentosos que só tenho notícia quando venho para cá. Quando estou no Brasil é que conheço a música brasileira de verdade”.

Secada contou que conhece alguns artistas brasileiros que cantam em espanhol e/ou participam e firmam parcerias com outros artistas e produtores que promovem crossover (trabalhos que reúnes dois ou mais gêneros musicais), entre eles Roberto Carlos e Alexandre Pires. “Tenho trabalhado com brasileiros também, como Daniela Mercury e Daniel. Faço coisas com artistas daqui sempre que venho ao Brasil”.

“Seguir com o tempo”
Sobre o certo ar nostálgico que paira sobre o mercado fonográfico, e traz um ‘revival’ dos anos 1990, Jon lembra com carinho da época. “Os anos 1990, para mim, foram bem interessantes: marcou o começo da minha carreira solo, e de artistas amigos como Rick Martin, Jennifer Lopez, Marc Anthony, Enrique Iglesias, e todo o pessoal que começou mais ou menos naquela época. Me sinto orgulhoso de ter feito parte do princípio desse período tão especial para a música”.

O “Despacito” de Luis Fonsi, amigo pessoal de Secada, revisita esse crossover do pop norte-americano com a música latina. “Fico sempre feliz quando revisitam essa união de culturas e de estilos. Acredito que nosso trabalho contribui para que essa união continue sendo importante e relevante para a música como um todo.

Jon Secada também acompanhou a transformação da indústria fonográfica, quando as grandes gravadores perderam espaço para as novas tecnologias desde o início dos anos 2000. “O mais importante, para qualquer artista de qualquer área, é seguir com o tempo e acompanhar o que está acontecendo com o mercado no momento atual – mercado que mudou muito em pouco tempo”. Ele contou que os shows “sempre foram um grande negócio, desde os tempos das grandes gravadoras, mas a dinâmica de emplacar um novo sucesso mudou bastante: por isso abraço a tecnologia. O artista tem que trabalhar com as novas ferramentas, pois essa é a maneira que os novos fãs estão conectados e escutando as músicas. Não é fácil, mas temos que nos adaptar aos novos tempos”.

Serviço
Show de Jon Secada, nesta sexta-feira (29), às 21h, no Teatro Riachuelo. Ingressos: à venda na bilheteria do teatro, valores variam de R$ 200 a R$ 520 conforme localização (preços do ingresso inteiro, valores com 50% de desconto para estudantes, idosos e professores).

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