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#JovemPontoCom: as altas habilidades de Victor Agnez

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Ícaro Carvalho
Repórter
Apaixonado por programação e com facilidade para aprender uma das áreas do conhecimento mais complexas da tecnologia. Esses são dois conceitos que definem um pouco o natalense Victor Agnez, de 21 anos, recém-laureado em Tecnologia da Informação e cursando o 8º período de Ciência da Computação, ambos na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O currículo não para por aí: há medalhas de ouro, prata e participações em finais mundiais em competições de programação, que acabaram por lhe render grandes conquistas. Ele terá a oportunidade de fazer estágios de três meses no Facebook, Microsoft e Google, empresas que muitos profissionais da área sonham em trabalhar.

Victor Agnez Lima


Victor Agnez é formado em Tecnologia da Informação

“As grandes empresas prestam muita atenção nessas competições. Primeiro você conhece muita gente boa, que participa e boa parte vai para essas empresas. A gente faz contato e tem muito recrutamento lá”, explica à TRIBUNA DO NORTE. Nas três companhias, Victor vai ficar hospedado em Londres, Dinamarca e Estados Unidos. Tendo passado por uma temporada na Microsoft, de dezembro do ano passado a fevereiro deste ano, ele espera que as próximas experiências sejam tão proveitosas.

“Fiz as entrevistas, estagiei lá em Seattle e recebi a proposta para estagiar novamente lá. Me surpreendi, é realmente muito bom. Eles realmente se preocupam com as pessoas, dão todo tipo de suporte. Fiz exame de vista e comprei óculos dentro da empresa. Conheci muita gente legal, tinha uns 70 estagiários. Muitos brasileiros, a maior parte conhecia de competições. A troca de culturas é muito grande”, exemplifica, maravilhado com a primeira experiência. A chegada na Google e no Facebook também aconteceu por meio de contatos que fez através das competições de programação.

Antes de chegar nesses lugares, Victor iniciou sua trajetória com os algoritmos em 2012. Ele começou a participar, ainda no Ensino Fundamental, de edições da Olimpíada Brasileira de Informática. Nas participações, ganhou três medalhas de prata e uma de ouro, em torneios que medem o conhecimento dos participantes na programação, estrutura de dados e algoritmos. Numa delas, ficou nas melhores colocações e conseguiu um curso de introdução à programação, na Universidade de Campinas (Unicamp), fato que lhe abriu portas.

“Lá foi o primeiro contato que eu tive. Foi uma semana tendo aula de manhã e tarde e resolvendo problemas da olimpíada. Desde então fiquei programando, treinando e fiquei seguindo para as olimpíadas. Primeiro para a OBI e depois para outras competições”, explica, revelando que passou a participar nos anos seguintes.

Em 2015, por incentivo dos pais, se inscreveu no projeto Talento Metrópole, do Instituto Metrópole Digital (IMD), que identifica jovens com altas habilidades/superdotação no domínio da tecnologia da informação. Com uma equipe técnica especializada, entre psicólogos e profissionais da educação, ele fez uma série de testes de raciocínio lógico, memória, atenção, entre outros. Nisso, foi identificado como um jovem com essas características.

“Eu vi que poderia ser uma boa base para eu me preparar para as competições de programação. Isso que me atraiu mais. Esse era meu projeto lá. Eles ofereciam todo apoio para eu e meu time treinarmos”, diz, acrescentando ainda que, no começo do curso de TI, pôde pagar disciplinas sem necessidade de pré-requisito, algo que o programa possibilita.

Na sala de aula, Victor conta que sempre teve facilidade para aprender os conceitos de Matemática e também de ser um aluno com boas notas. “Acho que é porque presto atenção nas aulas. Conseguia aprender muita coisa nas aulas. Em geral eu participava e aprendia bem, sempre consegui ter um bom foco”, explica. Ele chegou a cursar Informática para Internet, no IFRN, mas não terminou o curso, fazendo o supletivo em João Pessoa/PB e entrando já na universidade, em 2016, para prestar o curso de TI, o qual se formou no meio deste ano.

Atualmente, Victor conta que está “aposentado” da carreira de programador em competições. Curioso é que essa reclusão prematura não foi por questões pessoais, desânimo na área ou desilusões. Mas sim pelo fato de já ter participado duas vezes da final Mundial de programação, situação que o impede de concorrer novamente. Ele não chegou a ser campeão, mas só o fato de ter ido à China, no ano passado, por exemplo, já valeu pela experiência cultural e profissional.

Agora correndo contra o tempo para terminar o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) em Ciência da Computação, Victor também já mostra a ansiedade para ir aos estágios nas três principais empresas do mundo para a sua área. “No Facebook eu não sei nem com o que eu vou trabalhar. No Google eu sei, que vai ser no compilador da linguagem Dart, para desenvolvimento web, mobile”, conta.

Sendo ainda muito novo, Victor quer curtir o bom momento e ainda não tem definido em mente o que quer fazer para o futuro na área que escolheu seguir. Ele quer aproveitar as experiências fora do país para decidir a próxima linha de código da sua vida.

“Sempre gostei de programar e acho que vou continuar programando, ou pelo menos estudando algoritmos, resolvendo problemas. Eu ainda não sei, talvez eu decida depois desses estágios, se eu quero trabalhar numa dessas empresas ou se vou querer a área acadêmica”.
Nome: Victor Agnez Lima

Data de Nascimento: 11/11/1997

Idade: 21 anos

Naturalidade: São Paulo-SP

O que faz: programador, formado em Tecnologia da Informação

Hobbies: Ir ao cinema, sair com os amigos e jogar games de tabuleiro

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