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Juíza convoca Nilson Gomes para depor

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O ex-presidente da Federação Norte-rio-grandense de Futebol (FNF), Nilson Gomes da Costa, será interrogado hoje pela juíza da 5ª Vara Criminal da Comarca de Natal, Ada Galvão. Este é o primeiro ato da Ação Civil Pública movida contra o dirigente e alguns auxiliares, afastados do comando da entidade em setembro de 2005, sob suspeita de desvio de dinheiro. O interrogatório está marcado para ter início às 15h, na secretaria da Vara.

Este será o primeiro ato da juíza Ada Galvão no processo, aberto após denuncias formuladas pelos promotores  Marcus Aurélio de Freitas Barros, Augusto Flávio Azevedo e José Augusto Peres. Após o interrogatório os advogados dos acusados farão uma defesa prévia dos réus e logo a seguir ocorrerá a audiência de instrução.

Nilson Gomes e alguns de seus auxiliares são acusados de apropriação indébita e estelionato entre outras fraudes. As irregularidades apontadas no processo que indicam os crimes mencionados são a existência de “caixa 2” nos borderôs de alguns jogos e pagamento de propinas a presidência da Comissão Estadual de Arbitragem, além da utilização indevida das verbas repassadas pela CBF, que em maio de 2005 chegaram a R$ 80 mil.

 De acordo com o Código Penal Brasileiro a Apropriação Indébita é classificada como Crime Contra o Patrimônio, prevendo pena de reclusão de 1 a 4 anos, mais multa. O Estelionato tem a mesma qualificação, mas com a pena variando entre 1 e 5 anos de detenção, acrescido de multa. A pena pode aumentar em um terço, se o crime for cometido em detrimento de entidade de direito público ou de instituto de economia popular, assistência social ou benéfica.

Provocado pelo Ministério Público com denuncias de irregularidades em repasses financeiros e falhas no processo eleitoral, a administração Nilson Gomes a frente da FNF sofreu intervenção no dia 29 de julho de 2005, por determinação do juiz da 10ª Vara Civel da Comarca de Natal, Marcelo Pinto Varella. Na ocasião foram apontados uma série de aspectos realizados pela federação em desconformidade com o Estatuto do Torcedor e a Lei Pelé. O comando da entidade na ocasião passou para Paulo Eduardo Teixeira, nomeado interventor e que ficou encarregado de promover o processo eleitoral para presidência da FNF, bem como alterar alguns pontos do estatuto da casa.

Quatro meses após assumir o comando, Paulo Eduardo deu entrevista exclusiva a TRIBUNA DO NORTE apontando os primeiros indícios de irregularidades, que iam desde a apresentação de recibos superfaturados, apontando a constituição de caixa 2 nos borderôs, até gastos sem comprovação da verba remetida pela CBF. Um recibo apresentado pela Ideal gráfica e editora em nome da FNF, comprovou o esquema. A confecção da carga de ingressos para o jogo Baraúnas x Vasco (pela Copa do Brasil) que havia custado R$840,00 foi lançado no borderô com o valor de R$ 9 mil.

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