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Julho na hotelaria nacional

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Antonio Roberto Rocha
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De acordo com levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis – ABIH Nacional, a alta do dólar, que vem refletindo no turismo interno, alavancou a média de ocupação da hotelaria nacional na segunda quinzena de julho. Outro ponto favorável foi o fim da Copa do Mundo. O levantamento também apontou uma recuperação das taxas de ocupação no país, em comparação a 2017, mas o setor mostra-se preocupado com a retração da diária média nos principais destinos.

As férias na Argentina também ajudaram a aquecer a ocupação em destinos como Rio de Janeiro e Santa Catarina, que estão vendo também uma maior circulação de turistas do Mercosul e países latinos. No Rio de Janeiro, os finais de semana de julho no interior, sobretudo na Região Serrana, vêm registrando taxa media de ocupação de 88 a 90%. Na capital, a expectativa (os números oficiais ainda não foram divulgados) é fechar o mês com 60% de ocupação, contra os 56,85% registrados no ano passado.

Em São Paulo, julho registrou crescimento médio de ocupação no litoral e no interior de 4% a 7% em relação a 2017. A capital tem confirmado crescimento de 1% de ocupação durante o período, notadamente porque o próprio período de férias diminui a hospedagem de negócios, segundo a ABIH Nacional.

No Ceará, apesar da Copa, Fortaleza registrou média de 83% em julho, devido sobretudo ao seu carnaval fora de época, o Fortal. No ano passado a taxa foi de 82%. Salvador, que vem comemorado recuperação em sua hotelaria, registrou taxa de ocupação superior a 60% no mês passado, contra 56,8% registrados no mesmo período de 2017.

Recife, por sua vez, alcançou 60%. Em 2017, essa taxa foi de 65%. Com essa retração pontual, o destino Porto de Galinhas também viu sua taxa de ocupação cair para 80% esse ano, sete pontos percentuais abaixo de julho de 2017. Natal, como mostra a nota abaixo, cravou 67% de ocupação média em seus hotéis durante o mês passado. No segundo semestre de 2017 e início de 2018, Maceió viu a abertura de quatro hotéis, mas vem mantendo sua ocupação no patamar de 72% durante o mês de julho.

No Sul do país, Santa Catarina também registrou queda na ocupação durante a primeira quinzena do mês, segundo a ABIH Nacional, e fecha o mês com 70%. Em 2017, a ocupação foi de 82%. No Rio Grande do Sul, Porto Alegre registrou ocupação na ordem de 57%, ficando seis pontos percentuais acima de 2017. Na Serra Gaúcha, Gramado baterá 85% de ocupação, perdendo somente 1% de sua ocupação em relação a 2017. No Paraná, Curitiba fecha o mês com 63% de ocupação. Já Foz do Iguaçu alcançou 76% de ocupação em julho passado.

RN cresce no mês passado
O mês de julho foi o melhor dos últimos anos para a rede hoteleira do Rio Grande do Norte. Segundo estatísticas fornecidas pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH/RN), o índice de ocupação hoteleira no mês passado foi de 67,33%, com alta de 9% em relação aos 58,3% em julho de 2017. Foi mais alta também do que os 56,5% de 2016 e os 51% de 2015. O índice representa um total de R$ 248 milhões deixados pelo setor do turismo, com acréscimo aproximado de R$ 34 milhões na economia potiguar, se comparado a julho de 2018 e a julho de 2017.

A ocupação hoteleira em Natal foi de 76,2% em julho, 7,2% a mais do que os 69% de julho de 2017. Na Pipa, a média de ocupação foi de 62,8%, que significam 3,2% a mais do que os 59,6% do ano passado. A maior alta foi mesmo registrada em Mossoró: 63%, contra 46,6% em 2017. A alta foi de 16,4%.

Chilenos podem estar a caminho
“O Chile é responsável pela emissão de 347 mil turistas/ano para o Brasil”.

A afirmação é de Renata Rossini, chefe do setor de Turismo e Investimentos da Embaixada do Brasil no Chile. De olho nesses turistas, que são o terceiro público estrangeiro que mais visita o Brasil, o Rio Grande do Norte participou na quinta-feira passada do Meeting Brasil, em Santiago. Os investimentos nesta ação contaram com recursos do acordo de empréstimo com o Banco Mundial.

Além da rodada de negócios, quando os agentes e operadores têm oportunidade de tirar dúvidas sobre o RN, houve ainda capacitação para os agentes de viagens chilenos, na qual foi apresentado o vídeo da campanha Tudo Começa Aqui, que mostra a diversidade de atrativos turísticos do Rio Grande do Norte.

Em entrevista ao portal Dot News, a subsecretária estadual de Turismo, Solange Portela, explicou que o Chile é um mercado que vem sendo trabalhado e os frutos já começam a aparecer.

“Estivemos em Santiago em maio, agora em agosto e voltaremos em outubro. A hotelaria já começa a ter registro de hóspedes chilenos. Mostramos que o Rio Grande do Norte, além do clima e das belas praias, tem uma rica gastronomia, turismo de sol e mar e de aventura, desde o kitetsurf ao rapel. Ou seja: é um destino eclético”, informou ao jornalista chileno.

Uruguaios também na mira
O mesmo Meeting Brasil aconteceu na quarta-feira passada (1) em Montevidéu, no Uruguai, e também contou com a participação do Rio Grande do Norte.

“O Brasil é um destino que tem atraído cada vez mais os uruguaios. Essas capacitações permitem que a gente conheça melhor o país, em especial o Nordeste, que passamos a vender mais nos últimos anos”, comentou Fernando Cambon, diretor da Audavi do Uruguai – Associação Uruguaiana de agentes de viagens.

“Recentemente participamos de um famtour onde conhecemos de perto as belezas naturais do RN. Agora percebemos que no interior tem turismo de aventura, algo muito procurado por nossos clientes”, comenta Denis Severo, operador de turismo de Montevidéu.

Em entrevista ao portal hostel.lat, especializado em turismo e economia do setor, a subsecretária de Turismo do RN, Solange Portela, declarou que essa é a segunda ação do Governo do RN no Uruguai neste ano e em outubro o Estado estará em Montevidéu novamente. 

Participam da série de quatro eventos na América do Sul a gerente do Projeto Governo Cidadão, Ana Guedes, e os jornalistas Janaína Mulatinho (repórter) e João Vital (fotógrafo). O Meeting Brasil será realizado na próxima semana nas cidades de Lima (Peru) e Bogotá (Colômbia).

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