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Juros fecham em alta com IPCA-15 de outubro acima do esperado

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Os juros futuros completaram a terceira sessão consecutiva de alta, que nesta sexta-feira (23) foi mais expressiva nos trechos curtos e intermediários e, com isso, a curva acabou perdendo inclinação tanto em relação a quinta-feira (22) quanto à sexta-feira passada. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) de outubro, acima do esperado e que provocou uma onda de revisões para cima no IPCA de 2020 e 2021, continuou sendo o principal condutor para os negócios à tarde. 
A inflação medida pelo IPCA-15 dobrou de outubro para setembro, passando de 0,45% para 0,94%, acima do teto das estimativas. Foi o maior resultado para o mês de outubro desde 1995 (1,34%). Além das preocupações com o risco fiscal, a cautela com a inflação parece agora ter entrado de vez no radar dos investidores. As apostas para o Comitê de Política Monetária (Copom) na quarta-feira seguem inalteradas na manutenção da Selic em 2%, mas houve forte correção na precificação da taxa básica na curva para 2021 que é para onde está voltada a política monetária.
“Antes tínhamos o risco fiscal, mas a inflação estava controlada. Agora já temos os núcleos acelerando e a expectativa é de alguma mudança no forward guidance do BC no comunicado do Copom”, disse o gerente da Mesa de Reais da CM Capital Markets, Jefferson Lima, lembrando que o dia teve ainda outro dado negativo, que foi a queda no superávit da conta corrente em setembro, a US$ 2,32 bilhões abaixo da mediana das estimativas (US$ 2,97 bilhões) e do saldo de agosto (US$ 3,721 bilhões).
Dólar
O dólar teve uma semana de fortes oscilações, mas terminou a sexta-feira não muito distante do que começou a segunda, na casa dos R$ 5,60. A razão é que os assuntos monitorados de perto pelos investidores, a questão fiscal doméstica e o pacote de estímulos dos Estados Unidos, não tiveram desdobramentos concretos nos últimos dias. 
Mas, nesta sexta-feira, além do impasse nas negociações sobre o pacote de estímulos nos EUA, a surpresa com o IPCA-15 de outubro, que superou as expectativas, e números da balança de transações correntes abaixo do esperado, entre eles o investimento externo direto no Brasil, acabaram ajudando a pressionar o câmbio. Com isso, o real teve desempenho pior que outras moedas emergentes ante a divisa americana. No fechamento, o dólar à vista terminou o dia em alta de 0,63%, a R$ 5,6295. No mercado futuro, o dólar com liquidação para novembro subia 0,62%, aos R$ 5,6290. 
Bolsa
Embalado pela expectativa com os resultados trimestrais, o Ibovespa teve a terceira semana consecutiva de ganhos. Do fechamento de sexta-feira passada até esta sexta, o salto foi de 3,00% – nesse intervalo foram quatro altas consecutivas e um baixa, a dessa sessão. A Bolsa chegou ao fim do pregão aos 101.259,75 pontos (-0,65%).
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