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Juros mais baixos

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Luiz Antônio Felipe

O Brasil tem atualmente o menor juro real da sua história. A taxa de juro real projetado para um ano recua a 1,37% e vai além de níveis registrados em 2012. Na Ata do Copom, divulgada ontem,   o Banco Central (BC), defende a  continuidade de reformas e ajustes e  estima para o IPCA de 2019 no cenário de mercado em 3,3%. Já a projeção para 2020 é de 3,6%.  São os mesmos valores citados no comunicado que acompanhou a decisão do colegiado, na semana passada, quando a Selic (a taxa básica de juros) caiu de 6,00% para 5,50%/ano. Virá mais corte de juros. O BC formula seu cenário de referência na ata tendo como base a Selic constante em 6,00% ao ano e uma taxa de câmbio de R$ 4,5.

Preços

O BC estimou ainda as projeções para a evolução dos preços administrados em um cenário híbrido, que considera câmbio constante a R$ 4,05 e Selic do relatório Focus. Nesse cenário, a projeção para a alta de preços administrados em 2019 é de 3,6%, e para 2020 é de 4,6%. Já a inflação medida pelo IPCA-15, divulgada ontem, sobe 0,09% em setembro e acumula apenas 3,22% em 12 meses. Nos nove meses do ano, houve aumento de 2,60%. Três dos nove grupos do IPCA-15 têm deflação em setembro.
Queda
A confiança do comércio cai 1,5 ponto em setembro ante agosto, diz a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o indicador subiu 1,3 ponto. Em setembro, houve piora na confiança em oito dos 13 segmentos pesquisados. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) caiu 3,6 pontos, para 92,1 pontos, depois de duas altas consecutivas. Já o Índice de Expectativas (IE-COM) subiu 0,7 ponto, para 102,5 pontos. Permanece o quadro de expectativa para o último trimestre.

Receitas
Mais um recorde. A arrecadação federal sobe 5,67% em agosto, sobre agosto de 2018,  com nova ajuda de reorganizações societárias. Bateu em R$ 119,951 bilhões, a exemplo do ocorrido em julho, boa parte vem das receitas extraordinárias recolhidas. É o melhor para o mês desde 2014 (R$ 124,372 bilhões), segundo a série corrigida pela inflação. No acumulado de janeiro a agosto, a arrecadação teve alta real de 2,39%, a R$ 1,015 trilhão. Na comparação de agosto de 2019 sobre um ano antes, IRPJ e CSLL avançaram 35,26%real, acréscimo de R$ 5,339 bilhões.

Pequenos

A busca da micro e pequena empresa por investimento avança 10,4 pontos em um ano, revela indicador CNDL/SPC Brasil. No mesmo período, cresceu de 33% para 41% o percentual de micro e pequenos empresários que vão investir nos próximos três meses. Ainda assim, a minoria vai recorrer a capital de terceiros. Para 34%, contrair crédito é algo difícil.
Construção: tendência de alta
Os indicadores da indústria da construção reforçam a tendência de melhora em agosto, mostra levantamento da  Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado ontem. De acordo com a Sondagem Indústria da Construção, os índices de evolução de emprego e de atividade do setor chegaram ao melhor nível dos últimos seis anos. A empresas também estão otimistas com o futuro próximo. O ritmo ainda é lento mas, a construção civil continua a dar sinais de que está recuperando o vigor do período pré-crise econômica. Em agosto, o índice de evolução da atividade do setor cresceu 0,8 ponto,  e o índice de evolução do número de empregados subiu 0,6, em comparação com julho.

Indicadores

Segundo a pesquisa, os indicadores de evolução do número de empregados e o do nível de atividade alcançaram o maior nível em seis anos. “Ainda que emprego e ritmo de atividade das empresas continuem recuando, isso ocorre no menor nível desde 2013 e, em 2019, observamos melhora nos indicadores em todos os meses do ano”, analisa a economista da CNI Dea Fioravante. Nesta edição da pesquisa  foram consultadas com 523 empresas, sendo 181 são pequenas, 228 são médias e 114 são de grande porte.

Custo

Sem o funcionamento pleno do SUS, os planos de saúde custam 13,1% da folha de pagamento da indústria, diz pesquisa do SESI, entidade da indústria. Segundo levantamento, o reajuste anual médio no custo para as empresas tem sido de 10,1%, patamar acima da inflação. As empresas se unem para melhorar a gestão, na busca por sustentabilidade da saúde suplementar.  O custo é apontado por 61% das empresas que não oferecem o benefício como principal motivo para não oferecê-lo.
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