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Kobayashi: exemplo de dedicação

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MEMÓRIA - Jogo inesquecível foi um clássico contra o ABC

Hoje ele se acha um atleta mais útil a equipe, considera ocupar uma posição chave dentro do grupo americano já que desempenha uma função de marcação no meio-campo, setor onde – segundo os entendidos de futebol – uma equipe começa a vencer ou a perder as partidas. Aos 36 anos, pela forma que vem se apresentando, com uma movimentação constante dentro de campo, Paulinho Kobayashi vale tanto dentro do grupo quanto dois garotos de 18 anos. De acordo com Souza, o segundo atleta mais experiente do América, “Kobayashi é 15 minutos mais novo que qualquer outra peça do elenco” e sua determinação serve de exemplo e contagia a todos.

Sem problemas com peso e bastante dedicado aos treinamentos, quem vê a desenvoltura do atleta em campo talvez não se recorde do momento difícil vivido no início da temporada, quando não gozava da confiança do treinador Luiz Carlos Martins e passou a ter poucas oportunidades para mostrar o seu grande valor. Em algumas ocasiões, chegou a ter de atuar na lateral esquerda, se esforçou como sempre, mas não rendeu o esperado e começaram a surgir às críticas. O momento mais difícil foi quando parte da imprensa chegou a sugerir à diretoria americana a dispensa do jogador.

Cristão convicto, jamais se deixou abalar com os comentários negativos, rodado no mundo do futebol dentro do próprio América ele antes já havia experimentado os dois sabores do futebol. O doce que foi a conquista do título do Campeonato do Nordeste, em 1998, e o amargo neste mesmo ano, uma vez que na ocasião não conseguiu livrar o América do rebaixamento da primeira para segunda divisão.  Situação revertida no ano passado, quando deixou o Vila Nova para se integrar ao clube potiguar na luta para retornar a Segundona. A campanha gloriosa fez o meiocampista reconquistar a confiança da massa vermelha, virando mais uma página de sua história em Natal.

O segredo da longevidade, Paulinho diz ser bem simples: “Não fumo, não bebo e tomo muito cuidado com a minha parte física. Nunca relaxo e procuro manter um ritmo de trabalho até nas férias. Além disso, nunca sofri com problemas musculares, nem tive contusões sérias. Talvez o grande segredo para atuar muito tempo seja mesmo a pessoa possuir uma vida regrada”.

Quanto ao fato de algumas pessoas considerarem que o Kobayashi atualmente corre muito mais que aquele que apareceu por aqui na década de 90, ele tem uma boa explicação para o fato. “Na primeira vez que passei por aqui minha função era de armador, agora é diferente, como disse ocupo uma função de combater os atacantes adversários e não posso relaxar. Além do mais, o grupo atual é muito homogêneo e quem não correr em campo, certamente será barrado”, disse.

A humildade, uma característica peculiar na maioria dos grandes atletas, não lhe falta, tanto que quando é apontado como exemplo de dedicação dentro do elenco, trata logo de desconversar. Outro ponto, é que mesmo sua presença no time principal estando diretamente ligada a subida de produção americana na série B, Paulinho prefere dividir os méritos com os companheiros e ressalta que o que fez o time crescer na competição foi o melhor entrosamento.

“Jamais poderia usar a desculpa da idade avançada para correr menos que os meus companheiros dentro de campo. Jamais passou pela minha cabeça servir de exemplo, mas espero de alguma forma estar contribuindo com os meus companheiros, mostrando que para se ter sucesso no futebol as pessoas tem que jogar por amor, não apenas para ganhar dinheiro”, salientou. Quanto à melhora da equipe frisou: “o América achou uma forma boa de atuar, os jogadores de mais qualidade estão com liberdade para criar e tem peças fazendo dois papéis auxiliando tanto na criação quanto na marcação. O time cresceu depois que fizemos o conjunto prevalecer, se alguém se sobressai, ainda assim é em função do conjunto”.

Os bons momentos vividos com a camisa do Alvirrubro transformaram Paulinho Kobayashi num admirador confesso do clube, questionado sobre o momento inesquecível na equipe, o jogador sequer parou para puxar pela memória. Mas errou quem pensa que foi o título do Nordeste ou a campanha vitoriosa do ano passado. Marcado na memória do “baixinho” está a vitória no clássico contra o ABC, quando deixou o campo ovacionado pela torcida depois de marcar três gols, sendo um deles digno de placa no Machadão, depois que conseguiu encobrir o goleiro Jorge Pinheiro com um chute do meio-de-campo. “Aquela partida sempre ficará viva na memória como o melhor jogo da minha carreira. O América teve uma atuação impecável”, recorda.

Solicitado para realizar uma comparação entre o time de 1997-1998 com o atual, Kobayashi considera o de hoje melhor. “Temos jogadores mais experientes, por isso o atual grupo é superior aquele”, opina. Talvez venha dessa observação a confiança do jogador na possível promoção do América para série A do próximo ano. “Acredito que o nosso grupo tem força suficiente para chegar entre os quatro times que vão se classificar para 1ª divisão. A torcida terá um bom motivo para comemorar ao final da competição”, afirmou.

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