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Laboratório em 2011, Copa Roca marcou a estreia de Pelé na Seleção

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Designada a partir de 2011 como Superclássico das Américas, a Copa Roca traz ao torcedor uma história de quase um século com o confronto entre Brasil e Argentina que será repetido nesta quarta-feira na cidade de Córdoba. Criada em 1914, a competição não apresentou uma periodicidade definida, mas está marcada principalmente por ter registrado a estreia do gênio Pelé na Seleção Brasileira.

Aos 16 anos, o eterno camisa 10 entrou em campo no dia 7 de julho de 1957 no Maracanã com a presença de 80 mil pessoas. O garoto do Santos saiu do banco de reservas para substituir Del Vecchio. E, apesar da derrota verde-amarela por 2 a 1, marcou um gol dentro da área, fruto do oportunismo que marcaria a sua carreira, e já deixou ótima impressão diante de um rival de peso como a Argentina.

Seleção Brasileira de 1957 apresentou Pelé (3º agachado da esquerda para direita) na Copa Roca“Jogador bom é assim mesmo, mostra a sua qualidade logo de cara”, recorda o ex-meio-campista Zito, que esteve em campo naquela partida pela Seleção Brasileira e participou da virada do país no jogo de volta diante dos argentinos, disputado três dias depois no Pacaembu com uma prorrogação.

A Copa Roca foi idealizada pelo ex-presidente e militar argentino Alejo Julio Argentino Roca Paz. A primeira edição acabou disputada, porém, menos de um mês depois da morte do político, aos 71 anos, em 1914. O Brasil estragou a celebração dos hermanos e faturou o torneio ao vencer por 1 a 0, com a presença de pouco mais de 17 mil espectadores no estádio do Gimnasia y Esgrima, em Buenos Aires.

O futebol brasileiro acumula vantagem na história da competição, com 11 vitórias, três empates e nove derrotas. Nos gols, há, porém, um saldo de negativo de dois tentos dos pentacampeões mundiais, em função principalmente de três goleadas sofridas entre 1939 e 1940. Ainda assim, a equipe verde-amarela soma sete títulos (1914, 1922, 1945, 1957, 1960, 1963 e 1976) contra apenas três dos rivais (1923, 1939/40 e 1940). Em 1971, a taça foi dividida, já que não houve vencedor nem sequer na prorrogação do confronto de volta.

“Lá atrás, tínhamos grande vantagem nos jogos contra a Argentina, apesar de serem confrontos complicados. Hoje o futebol está mais equilibrado, não vemos o Brasil sobrando como antigamente contra nenhum adversário”, lastima Zito, símbolo de uma geração vencedora no país.

A competição também apresenta outras curiosidades. Em uma das edições, a Copa Roca foi disputada durante dois anos, em 1939 e 1940, até definir o campeão. A propósito, este foi o torneio com o maior número de confrontos entre brasileiros e argentinos: quatro – dois disputados no Rio de Janeiro e outros dois em São Paulo. A Argentina faturou a taça com duas vitórias, um empate e uma derrota.

Já em 1976, os jogos da Copa Roca contra a Argentina também tiveram validade para a Copa Atlântica, campeonato que ainda contou com a presença de Uruguai e Paraguai. Os brasileiros venceram as duas taças. Nesta ocasião, foi realizado o único torneio com o mesmo formato de 2011, em confrontos de ida e volta – nas outras dez edições a taça era disputada em um só país.

A artilharia histórica da Copa Roca está dividida entre dois jogadores. O brasileiro Leônidas da Silva balançou as redes sete vezes entre 1940 e 1945. O argentino Emilio Baldonedo teve o mesmo retrospecto, mas todos os gols foram marcados em 1940.

Outros nomes consagrados também disputaram a Copa Roca, inclusive estrelas da história das Copas do Mundo, como os brasileiros Zagallo, Roberto Rivellino, Tostão, Clodoaldo e Gerson, além dos argentinos Daniel Passarella e Mario Kempes, entre outros craques. Agora, os treinadores das duas seleções aguardam a revelação de novas referências para seus times – foram convocados atletas sem tanto prestígio, que atuam nos próprios países.

“É um bom torneio para essa nova geração da Seleção Brasileira. É uma espécie de intercâmbio, você enfrenta a Argentina, nosso grande rival no futebol. É uma oportunidade para conhecer um pouco mais do estilo deles”, ressalta Zito, bicampeão da Copa Roca, em 1957 e 1963.

* Fonte: gazetaesportiva.net

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