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Lais espera por parcerias para divulgar aplicativo

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Mariana Ceci

Repórter

O Laboratório de Inovação e Tecnologia em Saúde (LAIS), vinculado à Universidade Federal do Rio Grande do Norte, pretende renovar as parcerias com a Prefeitura de Natal e Governo do Estado para divulgar o “Observatório do Aedes”, aplicativo desenvolvido em  2012 para ajudar no monitoramento de focos do mosquito Aedes aegypti no Rio Grande do Norte. O número de usuários do aplicativo, que depende das denúncias feitas pela população para funcionar e enviar os alertas às autoridades de saúde pública, vem caindo com a falta de divulgação para a população sobre a existência do dispositivo.

Doutorando em Engenharia da Computação, Sedir Morais, é um dos pesquisadores do Lais que trabalham com o aplicativo


Doutorando em Engenharia da Computação, Sedir Morais, é
um dos pesquisadores do Lais que trabalham com o aplicativo

O aplicativo funciona como um canal de denúncias com geolocalização. O usuário instala em seu celular e pode enviar áudios, fotografias ou vídeos de locais que sejam focos de Aedes aegypti. As denúncias são enviadas diretamente para as autoridades responsáveis, seja do Estado ou município, e permite ajudar a definir as ações do poder público nas áreas em questão.

Inicialmente, o aplicativo surgiu a partir de uma parceria com a Prefeitura de Parnamirim. A ideia era que ele fosse utilizado pelos próprios agentes de saúde, que teriam a ferramenta instalada nos celulares e poderiam mapear,  à medida em que faziam as visitas, os locais com foco de Aedes. “Esse projeto inicial se mostrou difícil de implementar, porque os agentes teriam que ter smartphones, o que tornaria o projeto custoso”, afirma o doutorando em engenharia da computação Sedir Morais. Eles optaram, então, por mudar um pouco o projeto, criando um modelo no qual a própria população pudesse realizar as denúncias.

Foi na Copa do Mundo de 2014, quando houve o surto de Zika e Chikungunya no estado, que o aplicativo recebeu o maior número de denúncias, cerca de 2 mil no período, de acordo com Sedir Morais, que participa do projeto. Ele afirma que cerca de 10 profissionais de diferentes áreas participaram da criação do aplicativo, entre designers, desenvolvedores de produto, programadores e especialistas na área de saúde.

Por funcionar através de geolocalização, o aplicativo não precisa se restringir ao Rio Grande do Norte, e já chegou a receber denúncias de outros estados, como Rio Grande do Sul e Minas Gerais, afirma Sedir. “Chegou a ser criada no Estado uma sala de situação, onde ficavam pessoas da área técnica observando as denúncias feitas pela população, e repassando para os setores competentes para intervir naqueles espaços. Eles chegaram a receber denúncias até mesmo de outros estados, que foram encaminhadas para as respectivas secretarias”, explica.

Atualmente, o aplicativo está disponível apenas para o dispositivo Android. Mas Sedir afirma que o Laboratório está trabalhando para lançar também a versão para iOs, sistema operacional do IPhone. “Focamos inicialmente no Android por ter o maior número de usuários”, explica.

Ele ressalta que, por ter sido criado dentro da Universidade, por alunos, bolsistas, profissionais e voluntários do Laboratório, ele teve baixo custo, e não possui fins lucrativos. “Esse aplicativo é da sociedade para a sociedade, completamente sem fins lucrativos. Está gratuito e disponível. Nós queríamos que as pessoas valorizassem isso, e que o Governo e as prefeituras divulgassem esse tipo de ação, que é em prol da sociedade. Ele não vira lucro, vira somente difusão de informação e tomada de decisão pelo poder público”, conclui Sedir.

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