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Laudo aponta falhas na montagem de arquibancada

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EFEITO - Laudo divulgado ontem, houve falhas na estrutura da arquibancada feita pela EngrenartO laudo do Instituto Técnico de Polícia (ITEP) sobre a queda de uma arquibancada no espetáculo Um Presente de Natal, acidente ocorrido no dia 25 de dezembro, apontou falhas na montagem da estrutura como as causadoras do desmoronamento que deixou 46 pessoas feridas. A montagem foi feita pela empresa Engrenart, do empresário Roberto Sena.

O engenheiro e perito do ITEP, Marcos Guimarães, apontou três erros principais que teriam provocado o acidente. O primeiro erro  citado por ele é o fato da empresa ter usado um calço, com concreto retirado do meio fio da Praça 7 de Setembro, para nivelar a estrutura. Além disso, ele citou que a arquibancada apresentava duas falhas na amarração da  própria estrutura: “faltavam elementos de fixação, como as braçadeiras”.

Segundo o laudo do ITEP, o calço partiu e como não havia uma amarração correta da estrutura houve o desmoronamento através do chamado “efeito dominó”. O documento, concluído ontem, será peça fundamental do inquérito policial sobre o acidente, que tramita na 1ª Delegacia de Polícia.

Marcos Guimarães disse que a demora na conclusão do laudo ocorreu por ser um trabalho complicado, envolvendo muitos conceitos de engenharia, o que exigiu dos peritos que se debruçassem no estudo do caso.

A queda de uma das arquibancadas do espetáculo Um Presente de Natal ocorreu durante a apresentação na noite do dia 25 de dezembro. A arquibancada que desabou estava com 450 pessoas.

Após o acidente, veio a tona a ilegalidade na montagem da estrutura para o espetáculo, que não possuía o “Habite-se”, documento de vistoria e autorização do Corpo de Bombeiros. Neste sentido, houve uma acusação mútua. Enquanto os organizadores diziam que a responsabilidade para solicitar o “Habite-se” era da empresa contratada para montagem, o empresário Roberto Sena (proprietário da Engrenart e genro da governadora Wilma de Faria) apontava que era dever da Fundação José Augusto, patrocinadora do espetáculo, providenciar a documentação legal  para a realização do evento.

“Esse evento foi realizado de forma alheia à corporação. Nós não tínhamos conhecimento de nada. E já vimos que há erros gritantes”, destacou o coronel do Corpo de Bombeiros, Carlos Barbosa, dois dias após o acidente.

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